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Saúde
Quinta - 14 de Junho de 2007 às 20:17

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) divulga dados da Campanha Estadual de intensificação de vacinação anti-rábica animal que aconteceu em dez municípios, abrangendo as cidades de fronteira internacional, com grandes áreas rurais, e também com grande população de cães e gatos, além dos municípios que não conseguiram atingir uma cobertura vacinal acima de 80% na campanha anterior de setembro de 2006 e em municípios que possuem Centro de Controle de Zoonozes (CCZ).

“Essa intensificação faz parte da política de combate a raiva-animal, uma vez que através dessa intensificação, estaremos imunizando um numero ainda maior de animais contra a raiva, antecedendo os trabalhos da Campanha Nacional de Vacinação, que acontece em setembro de 2007”, disse a Técnica da Vigilância em Saúde Ambiental, Silene Manrique. A estimativa é de que a população canina de Mato Grosso seja de 500 mil cães e a felina de 110 mil gatos, numa total estimado de 610 mil animais.

Na intensificação da cobertura vacinal, os municípios em media já estão com 56,37 % de cobertura vacinal canina, de um total de 233.973 animais. Estima-se que na Campanha Nacional de Vacinação anti-rábica a meta seja ultrapassada com facilidade uma vez que o Ministério da Saúde preconiza uma cobertura de 80% dos animais.

A etapa de intensificação da Campanha de Vacinação aconteceu nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande (que possuem Centros de Controle de Zoonozes), Cáceres, Porto Esperidião, Comodoro, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, que são municípios de fronteira, e Primavera do Leste, Jaciara e Rondonópolis. Foram disponibilizadas 257.400 doses da vacina.

Segundo Silene Manrique, o Estado orientou os municípios a adotarem a estratégia de vacinação de casa a casa, postos fixos e volantes, podendo a execução ser feita de acordo com as condições locais. A Campanha foi realizada com recursos do Ministério da Saúde e com apoio do Estado, que disponibilizou a logística (veículos, combustível, recursos humanos, seringas, cartões de vacinação, cartazes, folderes e etc.).

O técnico da Vigilância em Saúde Ambiental, Valdir Reis, ressalta que são essas ações que dão uma maior cobertura na campanha de vacinação. Além das campanhas nacionais de vacinação a Secretaria de Estado de Saúde disponibiliza a vacina aos municípios durante todo o ano. “As vacinas ficam à disposição da população nos Centros de Controle de Zoonozes e nas Secretarias Municipais de Saúde de cada município, mesmo no período fora da Campanha”, disse ele.

Segundo Valdir Reis o percentual de cobertura de vacinação anti-rábica animal em Mato Grosso vem atingindo índices acima do pactuado com o Ministério o que consideramos índices satisfatórios. No ano de 2004, o percentual foi de 97,57%. Em 2005, foi de 101,51%. Em 2006 de 94,46%. “Em setembro quando é realizada a Campanha Nacional de Vacinação, queremos atingir uma cobertura vacinal equiparada a dos anos anteriores, ou melhor”, informou Reis.

Transmissão

A raiva é uma doença fatal causada por Vírus que ataca o cérebro afetando o Sistema Nervoso Central, tanto do homem como do animal raivoso, e é transmitida através do contato por mordedura, arranhadura ou lambedura em feridas ou mucosas (boca, nariz).

A raiva pode ser evitada não tocando em animais estranhos, feridos e doentes, não permitindo que seu animal de estimação fique solto na rua, não criando animais silvestres (como macacos e tamanduás, por exemplo), não tendo contato com morcegos e vacinando todos os anos seus animais de estimação.

Os sintomas da raiva nos homens são: irritabilidade, sensação de angústia, aversão à água, sensibilidade à luz e ruídos, contrações musculares na faringe e na língua levando ao coma e ao óbito. Já nos animais os sintomas são: mudança de comportamento, alteração no latido ou miado, salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia da mandíbula, dilatação da pupila, paralisação progressiva, coma e óbito.

Em caso de contato ou agressão de um animal com suspeita de raiva, deve-se lavar o local com bastante água e sabão e procurar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima. Não se deve matar o animal e sim deixá-lo preso e em observação durante dez dias, recebendo água e alimentos normalmente, entrando em contato com o Centro de Controle de Zoonozes ou Secretaria de Saúde do seu Município.





Fonte: Secom-MT

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