Governo acena com mais redução de juros a curto prazo
O documento, divulgado hoje (14) pelo Banco Central, ressalta a contribuição do setor externo para a consolidação de um “cenário benigno” para a inflação, em contraponto com o crescimento do ritmo de expansão da demanda doméstica, que pode afetar a dinâmica inflacionária de médio prazo.
Os integrantes do Copom destacam que a contribuição do mercado externo amplia espaço para que “as taxas de crescimento da demanda agregada e da oferta doméstica se equilibrem”, de modo a não comprometer a convergência para a trajetória de metas da inflação, centrada em 4,5%. Como todas as projeções indicam inflação bem abaixo disso, cinco dos sete diretores optaram por aumentar a calibragem das reduções anteriores, de 0,25 para 0,50 ponto percentual. Apenas dois mantiveram posição mais conservadora.
A ata reafirma o diagnóstico das reuniões anteriores de que, “além de conter as pressões inflacionárias de curto prazo, a política monetária tem contribuído para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos”. Portanto, “as perspectivas para a trajetória de inflação permanecem benignas”.
O Copom não vê sinais de pressões inflacionárias a curto prazo, embora admita que o aquecimento da demanda interna “pode ensejar aumento no repasse de pressões sobre preços no atacado para preços ao consumidor”. Por isso, o Banco Central promete manter-se “especialmente vigilante” para evitar que incertezas de curto prazo se propaguem para horizontes mais longos.
Isso será analisado na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 17 e 18 de julho. Desde já, os analistas de mercado, consultados pela pesquisa Focus do BC, apostam na continuidade de condições favoráveis para a economia e defendem que o Copom repita a dose de meio ponto na redução da Selic.
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