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TUT Transportes consegue recuperação Judicial e matem mais de 4 mil empregos
Do total de passivo, R$ 6 milhões referem-se a débitos com ações da Justiça Trabalhista e o restante em dívidas com fornecedores e autores de ações contra a empresa. A empresa conseguiu ainda um deságio de 70% em débito com o Banco Itaú.
A Tut é uma das mais tradicionais empresas de Mato Grosso, e transporta passageiros há mais de 30 anos. Atua em todo estado, São Paulo e Rondônia. E é pioneira trechos entre Cuiabá - Tangará Juína, Colniza, Tangará, Aripuanã, Vilhena e Juruena. Ao todo mais de 300 mil pessoas são transportadas ao mês, destas 50 mil são idosos, o que representa 1800 pessoas da terceira idade, que por dia, são transportadas gratuitamente conforme permitido e exigido pela lei.
Com a aprovação do plano foram mantidos mais de 4 mil empregos, mil diretos e 3 mil indiretos. Ao todo a empresa de transporte tem receita de R$ 3 milhões ao mês. O processo de recuperação judicial foi resolvido em pouco mais de 60 dias, o que permitirá à empresa, com as finanças recuperadas, comprar 14 novos ônibus rodoviários, quatro no próximo mês e 10 até o fim do ano.
Neste processo de recuperação, segundo o Advogado e especialista em recuperação judicial, Euclides Ribeiro S Júnior, as particularidades do caso exigiram um sacrifício maior exatamente de quem mais sofreria com a quebra da empresa, os trabalhadores. "Foi muito gratificante ver que houve consenso absoluto na assembléia de credores já que todos trabalhadores sacrificaram-se para manter a empresa funcionando. A votação foi unânime para aceitação de pagamento de créditos trabalhistas e de fornecedores através da venda de bens, tudo para manter a continuidade do emprego de mais de 1.000 famílias." A partir de agora a gestão da TUT Transportes será terceirizada, a empresa será administrada pela ERS Consultoria em Gestão, empresa recém criada para prestar assessoria em gestão de empresas em Mato Grosso.
AGRONEGÓCIO - Ribeiro ainda lembra que com a TUT Transportes já são seis empresas de Mato Grosso que conseguiram reestruturar-se financeira e administrativamente graças as ações de recuperação judicial que tiveram sucesso, são elas: as principais Petroluz Sabóia Campos e Agroleste. "Isso demonstra o acerto do legislador em aprovar a tão necessária lei que traz um alento aos empresários, principalmente no momento de crise financeira que vive o Estado de Mato Grosso, " endossou.
"O setor têxtil no sul do país e o setor calçadista no interior de São Paulo sucumbiram por não haver na época mecanismo legal para tentativa de reestruturação, o agro-negócio não sucumbirá já que a terra sempre será fonte de produção, mas quem não se preocupar em se reestruturar fatalmente perderá a fonte de produção para as multinacionais, que são preparadas e já cercaram-se de inúmeras formas para assumir o controle da produção em Mato Grosso".
JUSTIÇA – Na decisão, o Juiz Ferreira ainda decidiu que o plano foi aprovado sem a exigência de certidões negativas de débitos fiscais e atesta que a execução do plano deverá ser acompanhada pelo Comitê de Credores, criado durante a Assembléia Geral que aprovou o plano de recuperação judicial. A decisão ainda será encaminhada ao Serasa, à Junta Comercial, Justiça Trabalhista, Justiça Comum, Juizados Especiais e Justiça Federal a fim de que sejam suspensas todas ações e canceladas todas anotações de Serasa e SPC contra a empresa recuperada, conforme determina a lei.
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