Maioria de futuros papais 'apresenta sintomas de gravidez'
O estudo foi chefiado por Arthur Brennan, pesquisador da Faculdade de Ciências de Saúde e Bem-Estar Social da da St George's University of London, na Grã-Bretanha.
"Estes homens estavam tão sintonizados com suas parceiras que começaram a desenvolver os mesmos sintomas", diz Brennan.
Um grupo de 282 homens, com idades entre 19 e 55 anos, foi monitorado durante cada estágio da gravidez de suas parceiras.
Os resultados foram comparados aos de um outro grupo, com 281 homens cujas parceiras não estavam grávidas.
A maioria dos futuros pais apresentou sintomas como mudanças de humor, enjôos pela manhã e até inchaço na barriga.
Cólicas
A maioria dos sintomas pioraram durante o estágio inicial da gravidez, atingiram o pico no terceiro trimestre e desapareceram pouco após o nascimento do bebê.
Cólicas estavam entre os sintomas mais comuns. Um futuro pai disse que sentia-se como se estivesse em trabalho de parto.
"Minhas cólicas eram como as contrações que vão aumentando quando uma mulher está em trabalho de parto", disse. "Elas começaram suaves e foram ficando mais fortes e mais fortes e mais fortes."
Também foram bastante comuns sintomas como enjôo matinal e mudanças no apetite.
Embora ninguém saiba ao certo por que homens apresentam sintomas desse tipo, conhecidos como Síndrome de Couvade, Brennan enfatiza que eles não são apenas uma forma de chamar a atenção.
"Esses sintomas são involuntários", diz. "Freqüentemente, os homens não têm a menor idéia do que está acontecendo com eles".
Diagnóstico
O pesquisador diz que muitos médicos não reconhecem a Síndrome de Couvade.
"Não existe um diagnóstico. Mas esta pesquisa prova que a Síndrome de Couvade realmente existe", afirma Brennan. "Os resultados falam por si."
O estudo, o maior desse tipo já realizado na Grã-Bretanha, confirma o que muitas parteiras já sabem por experiência.
"Uma parteira me disse que, de acordo com sua experiência, homens freqüentemente reclamam de náusea durante os primeiros estágios de gravidez da parceira", conta a médica Val Collington, também da St George's University of London.
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