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Nacional
Quinta - 14 de Junho de 2007 às 14:39

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Roberta Sandreli Rolim negou envolvimento na morte de Marielma de Jesus Sampaio, de 11 anos, durante o julgamento dela, que ocorre em Belém (PA), nesta quinta-feira (14). Roberta e o marido, Ronivaldo Guimarães, são acusados de assassinar a menina, que trabalhava como babá na casa deles. O crime ocorreu em novembro de 2005. Roberta já foi condenada a 38 anos de prisão, mas teve direito a um novo júri, pois a pena ultrapassou 20 anos de reclusão.

Guimarães foi condenado a 52 anos de prisão pelo crime. O primeiro jugamento dele ocorreu em 2006. Em maio deste ano, passou por novo júri e a pena foi confirmada.

Segundo o Tribunal de Justiça do Pará, Roberta chorou e passou mal nesta quinta, quando ouvia a leitura do laudo sobre as causas de morte de Marielma. A acusada precisou sair da sala por alguns minutos para ser atendida por um médico. O documento aponta que a menina teve fraturas no crânio, nas costelas, pulmões perfurados, ruptura do baço e dos rins, queimaduras e marcas de choque elétrico. Os exames também comprovaram que a babá foi vítima de abuso sexual.

Segundo julgamento

O segundo julgamento de Roberta começou nesta quinta-feira. De acordo com a acusação, Guimarães atacou a criança com um banco de madeira. Roberta o teria auxiliado no crime e, inicialmente, assumiu a autoria do delito. Mas depois ela disse que o marido foi o único autor do assassinato.

Roberta foi ouvida pelo juiz Raimundo Moisés Flexa nesta quinta, que preside a sessão, e manteve a versão de que Guimarães agrediu e matou a babá.

A acusação leu cartas que teriam sido enviadas a Guimarães por Roberta, depois da prisão do casal. Nos textos, segundo a Promotoria, a ré dizia que sentia falta do marido. Roberta negou a autoria das declarações.

Sete testemunhas ainda devem ser ouvidas no júri, que não tem previsão para acabar.

Repercussão

O crime teve repercussão internacional e foi denunciado na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Marielma era filha de lavradores e foi entregue pela mãe ao casal, para estudar e trabalhar de babá. Em troca do trabalho, a família receberia, mensalmente, uma cesta de alimentos.





Fonte: G1

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