Após críticas de Lula, Tarso defende a Polícia Federal
"O que o presidente advertiu foi simplesmente uma constatação óbvia, de que divisões na PF não podem desestabilizar a instituição." Sobre as críticas ao vazamento de informações, o ministro não negou que algum servidor possa ter passado gravações para a imprensa, mas afirmou que a PF como instituição não faz isso.
Tarso Genro disse ainda que, se houve algum erro da PF nas últimas operações, "não criou nenhuma nulidade nem comprometeu a lisura do processo".
Durante almoço com jornalistas, o ministro disse ser a favor do direito de a imprensa divulgar dados de operações da PF, mas questionou se ela não poderia identificar suas fontes no caso de os dados prejudicarem pessoas inocentes.
Ao ser indagado se a intenção do governo era limitar ou punir jornalistas que divulguem gravações sigilosas, ele afirmou que o projeto em elaboração não conterá "nenhum tipo de inculpação de jornalistas".
O ministro admitiu que o governo estuda medidas para evitar vazamentos de informações e controlar grampos telefônicos. Citou que uma delas é criar uma identificação nos disquetes com dados de investigações da PF. Mas Tarso insistiu que o objetivo do governo não é cercear o poder de investigação da Polícia Federal.
O ministro se reuniu ontem para discutir medidas com o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, e o diretor da PF, Paulo Lacerda.
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