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Nacional
Quinta - 14 de Junho de 2007 às 10:29

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Criticada publicamente pelo presidente Lula, a Polícia Federal foi defendida ontem pelo ministro Tarso Genro (Justiça). Segundo ele, se houve vazamento de informações foi "residual" e não comprometeu as investigações. Tarso disse não estar em dissonância com Lula.

"O que o presidente advertiu foi simplesmente uma constatação óbvia, de que divisões na PF não podem desestabilizar a instituição." Sobre as críticas ao vazamento de informações, o ministro não negou que algum servidor possa ter passado gravações para a imprensa, mas afirmou que a PF como instituição não faz isso.

Tarso Genro disse ainda que, se houve algum erro da PF nas últimas operações, "não criou nenhuma nulidade nem comprometeu a lisura do processo".

Durante almoço com jornalistas, o ministro disse ser a favor do direito de a imprensa divulgar dados de operações da PF, mas questionou se ela não poderia identificar suas fontes no caso de os dados prejudicarem pessoas inocentes.

Ao ser indagado se a intenção do governo era limitar ou punir jornalistas que divulguem gravações sigilosas, ele afirmou que o projeto em elaboração não conterá "nenhum tipo de inculpação de jornalistas".

O ministro admitiu que o governo estuda medidas para evitar vazamentos de informações e controlar grampos telefônicos. Citou que uma delas é criar uma identificação nos disquetes com dados de investigações da PF. Mas Tarso insistiu que o objetivo do governo não é cercear o poder de investigação da Polícia Federal.

O ministro se reuniu ontem para discutir medidas com o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, e o diretor da PF, Paulo Lacerda.





Fonte: Folha de S.Paulo

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