Taxa de investimento fica em 17,2% no 1º trimestre, diz IBGE

A taxa de investimento da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano ficou em 17,2%, exatamente o mesmo patamar do primeiro trimestre de 2006. Na comparação entre primeiros trimestres, a taxa é a maior desde 2001, quando atingiu 18,2%.

Segundo o coordenador de Contas Nacionais, Roberto Olinto, embora a taxa de investimentos tenha se mantido no mesmo patamar, isso não significa que as empresa investiram menos em máquinas e equipamentos no período. No trimestre, houve um crescimento de 7,2% na aquisição de máquinas e equipamentos e na aplicação de recursos na construção civil.

Olinto afirma que, em razão do dólar baixo, as empresas gastaram menos com a importação de maquinário, o que fez com que a taxa permanecesse a mesma, já que ela representa o volume de investimentos e o "preço" deles.

Segundo Alex Agostini, economista da Austin Rating, a taxa de investimento reflete um dinamismo maior da indústria, sobretudo, ligada a bens de capital. "A economia brasileira trabalhou muito tempo com taxa de juros muito alta e risco muito grande. Estamos entrando num processo de recuperação muito grande", afirmou.

Poupança

Já a taxa de poupança alcançou 17,4%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde de 2004 (18,3%). Claudia Dionisio, da Coordenação de Contas Nacionais, explicou que embora o consumo das famílias esteja crescendo há um ritmo forte --em termos nominais ele apresentou expansão de 10,2%--, a renda disponível cresceu ainda acima, a 11,4% em valores correntes.