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Polícia Brasil
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 11:02

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Uma gravação interceptada pela Polícia Federal, que resultou na Operação Navalha e prisão de 40 pessoas acusadas de envolvimento em fraudes em obras públicas, revela um diálogo entre o ex-presidente do PP, deputado cassado Pedro Corrêa (PE), e Flávio Candelot, ex-diretor da secretaria de Política Urbana (hoje Ministério das Cidades). Na conversa, o ministro Márcio Fontes (PP) é citado e menciona os municípios de Sinop e Cuiabá.

O ex-deputado repassa a Candelot orientações que Fontes teria lhe dado para facilitar a liberação de verbas públicas. Os recursos custeariam obra de saneamento básico em Sinop. Aliás, o prefeito sinopense Nilson Leitão (PSDB) chegou a ser preso na Operação Navalha, junto com seu ex-secretário Jair Pessini, sob acusação de desvio de licitação para contemplar a empreiteira Gautama e, em moeda de troca, receber R$ 200 mil de propina.

Conforme o relatório da PF, produzido em 19 de outubro do ano passado, sobre o diálogo comprometedor entre Candelot e Corrêa, o nome do secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, também é citado, como espécie de apoio. Figueiredo é mato-grossense de Santo Antonio de Leverger. O texto da PF diz o seguinte:

"Flávio Candelot também conta com o apoio do ex-deputado federal Pedro Corrêa, o qual se encarrega de fazer tráfico de influência junto ao ministro das Cidades, Márcio Fortes, e ao secretário-executivo, Rodrigo Figueiredo, a fim de tentar conseguir aprovar portaria e reunir pessoas para agilizar e facilitar o recebimento de verbas públicas por parte da organização criminosa".

À Folha, Figueiredo negou ter sofrido influência política e diz que suas conversas com Candelot foram estritamente técnicas.





Fonte: RD News

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