Unemat pode enfrentar corte nas despesas

A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) é uma das primeiras peças do organograma de governo que deverão enfrentar o corte de despesas, caso o pacote de contingenciamento seja oficializado. A instituição já se depara hoje com uma previsão de despesas acima da programação inicial entregue ao Executivo.

O secretário de Planejamento, Yênes Magalhães, afirma que já requereu uma reunião com o governador Blairo Maggi, em caráter de urgência, para discutir a situação da universidade. Ele relata que no orçamento estimado em R$ 70 milhões para este ano não foram inclusos R$ 14 milhões em gastos com previdência, omissão que demanda uma nova reestruturação das despesas.

“Estamos muito preocupados com a situação da Unemat. Não tem outro caminho senão se adequar, ou seja, reduzir custos”, alerta o secretário. Serão convocados para a audiência o reitor da Unemat, Almir Arantes, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Chico Daltro, e os chefes das pastas que compõem o grupo sistêmico de governo: Seplan, Sefaz, SAD, Auditoria, Procuradoria, Secom e Casa Civil.

Yênes explica que os gastos com a previdência não foram inclusos nas despesas com pessoal, que demandam este ano 97% do orçamento da Unemat. Outros 2,5% são para custeio e mais 0,5%, para investimentos. Além do entrave pontual, o secretário destaca que o impacto do Supersimples na receita tributária deverá dificultar os trabalhos da instituição, que detém o quinhão de 4,2% do bolo do ICMS.

Ele destaca que a cautela ainda se desdobra sobre as prefeituras, parceiras do governo para a instalação de cursos da universidade em vários municípios. Segundo o secretário, o temor é de que prefeitos voltem atrás no custeio da infra-estrutura dos campi. Entre as hipóteses para contornar o quadro está a suspensão de oferta de novas turmas nos cursos da instituição, temporariamente.