Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 06:55
Por: Roberto Nunes

    Imprimir


O delegado federal Bráulio César Galloni, de Dourados (MS), estuda pedir a prisão preventiva do empresário rondonopolitano Elói Marchett, que, agora, é considerado foragido pela Polícia Federal. Segundo Galloni, por enquanto, há apenas um mandado de prisão temporária contra Machett. “O mandado de prisão temporária vence em 30 dias, porém, o empresário foi procurado em todos os lugares conhecidos e não o encontramos".

O delegado informou que Marchett tem até esta quarta-feira para se apresentar expontaneamente à Polícia Federal. Do contrário, admitiu que poderá ser expedido solicitação à Justiça Federal para que seja decretado um mandado de prisão preventiva, "por se tratar de um fugitivo da Polícia” disse o delegado.

A PF está à procura do empresário Elói Marchetti desde segunda-feira (11). Ele é considerado um dos principais nomes do agronegócio no Estado de Mato Grosso e sua empresa, como o nome de fantasia Sementes Carolina, é apontada como receptora de agrotóxicos contrabandeados de uma quadrilha que agia nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Minas Gerais. O bando, segundo a Polícia, operava com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando de agrotóxicos.

O funcionário de Marchett, José Íris, foi preso na segunda-feira passada, por volta do meio-dia, sob acusação de ter ligação com o esquema de contrabando e prestou depoimento ontem, mas negou participação.

Dos 18 mandados expedidos, a Federal cumpriu 15 até segunda-feira, entre eles, contra os dois supostos líderes da organização criminosa, identificados como os irmãos Nasser Kadri e Adib Kadri. O esquema contava com o apoio dos pais deles, Ali Kadri e Hamza, além da irmã Jamile e da sobrinha Flávia. Eles também prestaram depoimento ontem e negaram qualquer participação no esquema criminoso. De acordo com o delegado Galloni, em casos como este, a principio, é de costume os envolvidos negarem qualquer participação em crimes.

O policial militar Ademir de Lima, que seria uma espécie de “faz-tudo” na quadrilha, foi representado por um advogado, na tarde de ontem, e disse que seu cliente irá se apresentar hoje à PF.

Conforme a Polícia, a quadrilha era investigada há seis meses, até a descoberta de ramificações em outros Estados. Descobriu ainda que Nasser Kadri fazia viagens regulares para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, supostamente para tratar da compra de cocaína.

O comando da Operação Zaqueu é da PF de Dourados (MS), para onde todos os acusados foram recambiados. O juiz federal em Campo Grande (MS), Odilon de Oliveira, foi quem mandou prender Marchett. A família Kadri mora em Mundo Novo, cidade sul-mato-grossense que faz divisa com o Paraná, na fronteira com o Paraguai, onde supostamente recebia o contrabando de agrotóxicos da China e repassava para o Brasil.





Fonte: Diário Regional

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/222000/visualizar/