Elói Marchett ainda não foi localizado pela PF
A assessoria de imprensa da Polícia Federal, em Dourados (MS), informou na manhã desta terça-feira que o empresário Elói Marchett não tinha sido localizado e, até agora, não havia comunicado à PF se ia ou não se entregar.
Nesta segunda-feira a PF prendeu 16 pessoas que teriam ligação com a quadrilha. O esquema, segundo apuração da PF, era comandado pelos irmãos Nasser Kadri e Abde Kadri. Os pais deles, Ali Kadri e Hamza, além da irmã Jamile e sobrinha, Flávia, também estariam envolvidos no esquema, sendo coniventes. A família dos acusados mora em Mundo Novo, cidade sul-mato-grossense que faz divisa com o Paraná, perto da fronteira com o Paraguai.
Policiais federais foram ontem na casa e na empresa de Marchett, em Rondonópolis. Ele é dono da Sementes Carolina. Um empregado seu, José Íris, foi preso e levado para Dourados, onde está centrada a investigação, batizada pelos policiais federais de “Operação Zaqueu”.
A assessoria da PF informou que hoje à tarde deve divulgar uma nota narrando mais detalhes da operação. Até agora, não foram divulgados todos os nomes dos envolvidos. A operação Zaqueu prendeu pessoas que moram em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Dezoito estariam envolvidos e, dois deles, um o empresário de Rondonópolis, eram os únicos foragidos até por volta do meio-dia desta terça-feira.
Droga
A Polícia Federal já descobriu que a quadrilha comandada por Nasser Kadri, desmantelada durante a “Operação Zaqueu”, não traficava apenas maconha, produzida em grande escala na região paraguaia que faz fronteira com o Cone Sul de Mato Grosso do Sul, informou o site “campograndenews”.
Segundo o delegado Bráulio César Galloni, que conduz as investigações, o bando também mantinha ligações com fornecedores de cocaína da Bolívia, de onde a droga era comprada e levada para Minas Gerais e depois para as favelas do Rio de Janeiro.
O delegado informou ainda que o mapeamento das atividades da quadrilha, feito durante seis meses de investigação, revelou que Nasser Kadri fazia viagens regulares para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, supostamente para tratar da compra de cocaína. Conforme a PF, a droga chegava aos morros cariocas através de uma estrutura que envolvia pessoas e uma transportadora “laranja”. O mesmo esquema era usado para contrabando de agrotóxico para o Mato Grosso e de maconha e armas para São Paulo e Minas Gerais.
A Polícia Federal ainda não informou os nomes de todos os 18 acusados que tiveram a prisão decretada pelo juiz federal Odilon de Oliveira. A lista dos nomes deve ser divulgada ainda hoje.
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