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Economia
Segunda - 11 de Junho de 2007 às 18:38

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O BB (Banco do Brasil) foi o principal destaque do levantamento sobre os melhores e maiores conglomerados financeiros do país feito pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O estudo, divulgado nesta segunda-feira, coloca a instituição como o melhor banco público do país em 2006 --trata-se da primeira vez que o BB ganha o prêmio nas dez edições da pesquisa. Além disso, o BB manteve a primeira posição entre os 100 maiores conglomerados financeiros, assim como entre os 50 maiores bancos.

De acordo com os dados levantados pelo Ibre, o BB é lider em operações de crédito, com R$ 113,85 bilhões em 2006, em depósitos totais, com R$ 158,84 bilhões, assim como em lucro líquido, com R$ 6,04 bilhões.

"O BB se destacou em pontos importantes. A rentabilidade média atingida pelo banco em 2006 foi de 29,1%, contra 24,7% em 2005", diz o coordenador do núcleo de pesquisas e análises econômicas da FGV, Aloísio Campelo Junior.

O pesquisador também aponta um crescimento considerável na concessão de crédito. Os números do banco deram um salto de R$ 85,94 bilhões em crédito, em 2005, para R$ 113,85 bilhões no ano passado.

"O banco registrou o segundo maior crescimento na concessão de crédito entre os bancos públicos, com avanço de 32,5%, frente 14,9% obtido em 2005. Para um banco do porte do BB, o crescimento é muito grande", afirma Campelo.

Varejo

Entre os maiores conglomerados do país, o BB é seguido por Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal e ABN Amro. Em relação à 2005, apenas BB e Bradesco mantiveram suas posições --Itaú e Caixa trocaram de lugar, enquanto o ABN saltou da sétima posição.

O Bradesco voltou a ganhar, como já ocorreu em 2005, o prêmio de melhor banco de varejo. Apesar de ser seguido de perto pelo Itaú, o Bradesco se mantém à frente do concorrente em pontos importantes, como nas operações de crédito, que ficaram em R$ 79,71 bilhões em 2006. O valor é pouco superior ao conquistado pelo Itaú, em R$ 76,71 bilhões.

Entre os conglomerados, o salto do Itaú do quarto para o terceiro lugar se deu, principalmente, pela aquisição do BankBoston, em maio do ano passado. Com isso, os ativos totais do Itaú tiveram um crescimento de 37,6%, atingindo R$ 209,69 bilhões em 2006. A Caixa Econômica Federal, na quarta posição, possui ativos de R$ 209,53 bilhões.

"Bradesco e Itaú mantém uma concorrência muito forte. Eles são semelhantes em vários indicadores. Tanto que em 2004, o vencedor entre os bancos de varejo, foi o Itaú", relembra o coordenador da FGV.

O maior salto, porém, foi dado pelo ABN Amro Real. Com isso, o banco, que soma ativos de R$ 120,83 bilhões, deixou para trás o Santander Banespa e o Unibanco. A melhor colocação foi conquistada com a incorporação de parcela do patrimônio líquido do Bandepe (Banco de Pernambuco) em março de 2006.

"O ABN Amro Real conseguiu uma boa performance em vários indicadores. Entre eles, destaque para a rentabilidade do banco, que subiu de 16,7% em 2005, para 19,8% no ano passado", aponta.

Negativo

O destaque negativo ficou por conta do Unibanco. A instituição caiu duas posições, tanto entre os 100 maiores conglomerados como entre os 50 maiores bancos. Em 2006, o Unibanco ficou em 7º lugar em ambos os rankings.

Segundo Campelo, essa queda de posições se deve ao crescimento dos demais bancos. Enquanto o Itaú adquiriu o BankBoston e o Bradesco comprou o BEC (Banco do Estado do Ceará), o Unibanco não fez nenhuma aquisição no período.

"O Unibanco apresentou algumas quedas, mesmo mantendo um bom crescimento. A rentabilidade, por exemplo, caiu de 18% em 2005, para 16,3% no ano passado. No entanto, o número é bom e não traz preocupação com a saúde financeira da instituição", afirma.

Atacado

Entre os bancos de atacado e negócios, a melhor colocado foi o UBS Pactual. Essa é a primeira vez que o banco ganha o prêmio na categoria, desbancando o Votorantim, último campeão. Os destaques do UBS ficaram por conta do aumento de 225,1% no crédito, de R$ 191 milhões em 2005, para R$ 620 milhões em 2006, assim como o avanço de 92% no patrimônio líquido, de R$ 625 milhões, para R$ 1,2 bilhão no ano passado.

O levantamento, explica o Ibre, considera dez indicadores extraídos das demonstrações contábeis das instituições, como a evolução das operações em crédito, do patrimônio líquido e da rentabilidade.





Fonte: Folha Online

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