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Violência faz 1 morte no Egito e mais de 400 são presos
"Nós queremos votar", gritava uma multidão que apoiava um candidato independente, fora de uma sessão eleitoral, em Gizé, cidade próxima ao Cairo. Os policiais afirmavam que a multidão não estava inscrita para votar, embora vários cidadãos exibissem títulos de eleitores. "Se eu estivesse maquiada e usasse minissaia, eles com prazer me deixariam votar," disse Safaa Hegazy, uma mulher que usava véu e foi impedida pela polícia de entrar na sessão eleitoral de Gizé. "Eles estão me punindo porque eu quero votar na Irmandade Muçulmana," disse ela.
Esta é a primeira vez que candidatos da Irmandade Muçulmana, um grupo proscrito pelo governo, participam das eleições ao Conselho Shura, como é conhecida a Câmara alta do Parlamento do Egito. A participação da Irmandade Muçulmana é altamente simbólica - apenas 19 candidatos do movimento concorrem na eleição, na qual são disputadas 88 cadeiras - mas mostra que o grupo fundamentalista continua forte, apesar do esforço do governo em bani-lo da política egípcia. Ao longo das últimas semanas, a polícia egípcia deteve centenas de integrantes da Irmandade Muçulmana. As prisões começaram quando o grupo anunciou que participaria do pleito.
A Irmandade Muçulmana, grupo de orientação islâmica, é proscrita no Egito desde 1954, mas mantém suas operações políticas apesar da repressão do governo, lançando seus candidatos como independentes. Com a Irmandade praticamente fora da disputa, o governista Partido Democrático Nacional (NDP, na sigla em inglês) deverá vencer a maioria das 88 cadeiras que estão em disputa. Dois dos maiores partidos seculares de oposição, o Nasserista e o Wafd, denunciaram fraude e recusaram-se a participar das eleições.
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