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Internacional
Domingo - 10 de Junho de 2007 às 13:27

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O Supremo Tribunal Penal do Iraque decidiu neste domingo adiar para 24 de junho o anúncio da sentença de seis altos funcionários do regime do ditador Saddam Hussein que foram acusados de genocídio contra curdos nos anos 1980.

Os seis acusados, entre eles Ali Hassan al Maguid --conhecido como Ali, o Químico--, podem ser condenados à morte se forem considerados culpados pelos crimes de genocídio, assassinato em massa e crimes de guerra.

Ali, o Químico, primo e aliado do ditador Saddam Hussein, ficou mundialmente conhecido após ser acusado pelo uso de armas químicas contra oponentes do antigo regime do Iraque.

O tribunal julga os acusados pelo assassinato de mais de 180 mil curdos durante a chamada campanha militar de Anfal, lançada contra a população curda do norte do Iraque entre 1987 e 1988.

Na campanha, que durou cerca de sete meses, gás mostarda e agentes que afetam o sistema nervoso foram usados contra os curdos no norte do Iraque. Os curdos compõe cerca de 20% da população do país.

A corte retirou as acusações contra Saddam Hussein pelo caso depois de cumprida a condenação de morte imposta ao ditador, executado na forca em 30 de dezembro passado por sua participação no assassinato de 148 xiitas naquele que ficou conhecido como o "caso Dujail".

Alguns curdos argumentam que a morte de Saddam lhes roubou a oportunidade histórica de julgar o ditador por genocídio no caso Al Anfal. Agora, os promotores exigem a pena de morte para todos os réus do caso, exceto para o iraquiano Taher al Ani, contra o qual há provas insuficientes.





Fonte: EFE

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