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Internacional
Domingo - 10 de Junho de 2007 às 07:26

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Representantes do Hamas e do Fatah entraram em acordo na madrugada deste domingo quanto a um novo cessar-fogo com a mediação do Egito, após os choques de ontem, que deixaram dois milicianos mortos e cerca de 50 pessoas feridas na Faixa de Gaza.

As informações são de fontes de segurança na cidade sulina de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, onde ocorreram enfrentamentos que causaram a morte de um miliciano islamita e de outro do movimento nacionalista Fatah.

A Força Aérea israelense bombardeou na madrugada de hoje instalações da Jihad Islâmica, destinadas à montagem de foguetes Qassam e morteiros, segundo fontes militares israelenses.

Além disso, atacou instalações das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, filiadas ao Fatah, cujo líder é o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Fontes desses dois movimentos disseram que os bombardeios causaram danos materiais, mas não deixaram vítimas.

O ataque israelense teria sido uma resposta a uma frustrada tentativa de um comando palestino integrado por quatro membros da Jihad e dos Comitês Populares da Resistência, de Gaza, para seqüestrar um militar israelense no cruzamento fronteiriço de Kisufim.

Um dos integrantes do comando morreu ao ser repelido pelos soldados e os outros três conseguiram retornar para suas bases.

Um porta-voz da Jihad ("guerra santa") admitiu ontem à noite que o objetivo do comando era capturar um militar israelense, como ocorreu há um ano com o soldado Gilad Shalit, ainda seqüestrado.

O chefe das Forças Armadas de Israel, o general Gabi Ashkenazi, recomendou ao Poder Executivo ampliar as operações ofensivas na Faixa de Gaza para impedir que os palestinos continuem atacando o Estado judeu com foguetes e morteiros.

Segundo a edição de hoje do jornal "Ha'aretz", a recomendação de Ashkenazi foi impugnada pelo Conselho Nacional de Segurança, que aconselha seguir com a atual política de relativa contenção, isto é, operar em zonas não povoadas e abster-se de operações maciças por terra.

Nos últimos dez dias diminuiu notavelmente o número de ataques de Gaza contra a cidade israelense de Sderot e outras localidades do sul vizinhas a este território palestino.

A situação em Gaza voltará a ser analisada hoje durante a reunião semanal do governo israelense, mas não são esperadas novas decisões, enquanto parece aumentar a tensão entre as milícias rivais do Hamas e Fatah, cujos braços políticos compartilham desde março o governo de unidade encabeçado pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh.





Fonte: EFE

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