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Agronegócios
Quinta - 18 de Abril de 2013 às 15:18

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Este foi o tema da palestra de Luiz Alberto Moraes Novaes, que é produtor rural e presidente da Fundação MS. Com o tema “Gestão de propriedade rural em sistemas integrados”, Luiz Alberto Moraes Novaes, que é presidente da Fundação MS e produtor rural, o engenheiro agrônomo Mandi, como é conhecido, fez um breve histórico de Maracaju, onde ele e sua família começaram com pecuária, passando para a agricultura com cana de açúcar.

Hoje, toda a área é diversificada na integração lavoura e pecuária. “Entramos na cana de açúcar pelas características agronômicas, com clima favorável, mercado consumidor e melhor controle de pragas e doenças. Trabalhamos com cana de açúcar, soja, milho e pecuária. Riscos existem e, por isso, trabalhamos com a rotação de culturas”, explicou.

Um dos objetivos de Mandi para este ano será o trabalho com a correção de solo em até 20 centímetros de profundidade. Mandi disse ainda que antes de plantar a soja, é melhor começar com o milho safrinha e a braquiária. “Isso permite um melhor preparo do solo”, admitiu Mandi. Desta forma, o ano inteiro é possível plantar e colher. De todos os ciclos, o mais demorado é o da cana de açúcar, que pode variar de cinco a oito anos. Outro ponto abordado por Mandi foi o risco de mercado. No entanto, ele frisou que isso ocorre com todo e qualquer tipo de negócio, quando o assunto é oscilação de preços. “Na cana de açúcar, se a usina não inspira confiança, é melhor não entrar no negócio para evitar prejuízo e tempo perdido de trabalho”, analisou Mandi, que confina o gado com bagaço de cana e silagem de soja.

De acordo com Mandi, o resíduo, na pecuária, tem um significado positivo para garantir alimento ao gado durante todo o ano. Em suas terras, tudo é aproveitado, com 33% para o plantio de grãos (milho e aveia), 17% para soja, 20% de reserva legal e 30% para a pecuária. Na relação entre área aproveitável e receita bruta, os resultados são bons: em suas terras, 42% das áreas aproveitáveis com grãos geram 48% das receitas brutas. Na pecuária, a área é de 39%, garantindo 15% da receita e, na cana de açúcar, são usados 19% das áreas com resultado de 37% nas receitas brutas. Entre as observações importantes com o endividamento, Mandi comentou que é preciso ficar atento às taxas de juros oferecidas pelos bancos. Apesar de os juros estarem bem mais baixos, os valores cobrados ainda são altos quando comparados às taxas de outros países que concorrem com o Brasil nos mesmos mercados consumidores. “Também é bom tomar cuidado com a tecnologia. Se os equipamentos já são novos, não é necessário comprar um mais novo ainda, porque isso pode gerar um endividamento. Mesmo com a pecuária dando menos receita bruta, a segurança é bem maior, ou seja, o dinheiro entra com menos risco”, detalhou Mandi.

O sistema de gestão contábil e gerencial também merecem cuidados especiais, para a apuração de bons resultados, usando índices de avaliação. Para isso, é necessário um manejo racional com plantio direto, consórcio da rotação de cultura, agricultura de precisão, preservação de reservas legais e bebedouros para o gado. Isso diminui a redução de emissão de gases e de erosão, garantindo uma melhor preservação ambiental. “Na cana de açúcar transformada em combustível, a diminuição da emissão de gases tóxicos chega a 80%, quando comparada aos derivados do petróleo”, complementou.

O dia da Integração Lavoura, Pecuária Floresta 2013 foi promovido pela Rica Soluções em Agronegócio, em parceria com a Fundação MS e apoio da Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul (Acrissul) e Painel Florestal.






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