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Internacional
Sábado - 09 de Junho de 2007 às 05:52

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O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, determinou ontem por decreto que seja paga uma dívida referente à suspensão das pensões de 14 mil ex-combatentes da guerra de 1982, contra o Reino Unido, pela posse das ilhas Malvinas.

A medida exigirá do Estado um desembolso de 500 milhões de pesos (US$ 161,2 milhões) entre dinheiro e bônus, a partir da próxima semana.

"A dívida com os ex-combatentes é eterna, tanto moral quanto institucional. Eles foram submetidos a um longo desconhecimento por parte do próprio Estado", disse Kirchner.

A suspensão das pensões pagas aos veteranos da Guerra das Malvinas aconteceu entre junho de 1996 e agosto de 2002, segundo a Administração Nacional da Seguridade Social.

"Dia após dia, hora após hora, vamos construindo a vitória estratégica que o dia de amanhã nos dará, para conseguir a recuperação pacífica das ilhas Malvinas", anunciou Kirchner durante seu discurso.

A Argentina reivindica desde 1833 a soberania do arquipélago, que foi ocupado pelo Reino Unido. Em 1965 a ONU recomendou que as duas partes resolvessem a disputa em uma negociação direta. O Reino Unido, porém, se nega a conversar sobre o tema.

A guerra nas ilhas Malvinas, em 1982, terminou com a rendição das tropas argentinas. As relações diplomáticas entre os dois países só foram reatadas em 1990.

Grupos de ex-combatentes elogiaram a medida anunciada por Kirchner, mas reivindicaram um aumento de suas pensões e melhoras no atendimento médico que recebem. Os desequilíbrios psicológicos têm sido um dos principais problemas dos veteranos. Os suicídios de soldados que estiveram nas Malvinas, entre 350 e 400, superam o total de mortos em batalha (326).





Fonte: EFE

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