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Saúde
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 23:48

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A ocorrência de epidemia de dengue no Mato Grosso do Sul, além do aumento dos registros da doença em estados como Paraná e São Paulo, levou o país a registrar aumento de 20% no número de casos de dengue nos primeiros quatro meses do ano em relação ao mesmo período de 2006. Para evitar novos problemas no próximo verão, o Ministério da Saúde já está tomando providências durante o período mais frio do ano, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com o coordenador do Programa de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, o programa brasileiro será aperfeiçoado. "Vamos comparar o nosso programa com o padrão sugerido pela Opas. Queremos ver quais são os pontos fortes e os que precisam ser readequados", diz.

Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e maio, foram registrados 245.834 casos da doença no país, com 38 mortes. Apesar do aumento no número, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) considera que a doença está controlada no país.

"Neste momento, no Brasil, não existe nenhuma situação alarmante", afirma Pimenta. Segundo ele, os números de incidência da doença diminuíram nos últimos meses. Ele lembra que a epidemia em Mato Grosso do Sul influenciou o aumento do número total de casos no país. No período entre janeiro e abril, foram registrados 68 mil casos da doença no estado, o equivalente a um aumento de 580% em relação ao mesmo período no ano passado.

O processo de mudanças climáticas, com a antecipação do regime de chuvas de novembro para outubro, e o aumento da temperatura média, foram as principais causas da epidemia em Mato Grosso do Sul, afirma o coordenador.

Segundo Pimenta, as chuvas ocasionaram o aumento do número de criadouros do mosquito "como pneus, garrafas plásticas ou copos deixados no quintal com a boca para cima". Já o aumento da temperatura, esclarece, acelerou o desenvolvimento do transmissor da doença. "O ciclo do mosquito, que deveria levar em média 30 dias, diminuiu para 10 e 12". A cidade de Macapá (AP) também viveu uma situação alarmante.





Fonte: Agência Brasil

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