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Nacional
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 23:10

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Entre os internautas que usaram a rede nos últimos 12 meses, a consulta ao CPF (66%) e a entrega de declaração de imposto de renda (48,1%) continuam sendo os serviços mais utilizados. Em 2005, estes percentuais eram de 51,5% e 39,7%, respectivamente. Houve um crescimento significativo na busca por informações relacionadas aos serviços de ensino público (38,9%), e a inscrição em concursos públicos (36,7%) se comparado ao ano anterior. Em 2005, esses percentuais eram de 22% e 27,6%, respectivamente.

Os resultados fazem parte da segunda Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil, a TIC Domicílios 2006 que foram divulgados pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br — NIC.br (www.nic.br). O NIC.br é uma entidade civil sem fins lucrativos criada para implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Além de governo eletrônico, a pesquisa também apresenta os módulos de comércio eletrônico, segurança na rede, uso de e-mail e spam.

A pesquisa revela ainda que entre o total da população que não usou serviços de governo eletrônico, 34,6% afirmou que gostaria de usá-los para pesquisar informações sobre empregos, 33,5% para consultar o CPF e 32,7% para buscar dados sobre serviços públicos de saúde.

O principal motivo apresentado para a não utilização dos serviços de governo eletrônico é a preferência pelo contato pessoal (55,97%). A preocupação com proteção e segurança também foi uma das razões apresentadas - 8,74% - e 8,24% consideram complexo o contato com a Administração Pública via internet.

O percentual da população brasileira que usou serviços de governo eletrônico nos últimos 12 meses também se manteve estável em relação ao ano anterior, somando 12,1% - lembrando que foram consultados apenas indivíduos com mais de 16 anos, que estão em idade para se relacionar com órgãos públicos.

Segundo o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e presidente do NIC.br, Rogério Santanna, os resultados da pesquisa também reforçam a tendência de que quanto maior a renda, a escolaridade e a classe social, maior é a utilização do governo eletrônico. Dos entrevistados da classe A e B, 57,21% e 33,49%, respectivamente, utilizaram os serviços de e-gov nos últimos 12 meses. Nas classes C e DE esses índices caem para 12,75% e 2,50%, respectivamente.

De acordo com a TIC Domicílios 2006, continua pequeno o número de internautas realizando compras ou usando serviços de governo eletrônico pela rede. Apenas 14% dos indivíduos que já acessaram a internet declararam ter adquirido bens e serviços pela rede pelo menos uma vez na vida, percentual que somava pouco mais de 15% em 2005.

“E ainda é menor o número de pessoas vendendo ou divulgando produtos e serviços pela rede, cerca de 3,7%, e na sua maioria homens, pessoas com maior escolaridade e de classe social mais alta”, afirma a gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação do NIC.br, Mariana Balboni.

Realizado entre julho e agosto do ano passado em todo o território nacional, o estudo investigou 10.510 domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com 10 anos ou mais, nas cinco regiões do país.

Comércio eletrônico

O percentual de internautas que realizaram compras na internet nos últimos 12 meses (11,3%) manteve-se igual de 2005 para 2006. O uso da rede para atividades de comércio eletrônico é mais freqüente entre indivíduos com maior nível de escolaridade e renda: entre os internautas da classe A, 40,5% compraram pela rede, enquanto somente 10,8% dos usuários de classe C informaram ter adquirido bens e serviços pela internet.

Livros, revistas ou jornais continuam na lista dos produtos mais comprados pela internet, segundo 30% dos consumidores internautas, seguidos por equipamentos eletrônicos, 23,6%, filmes e músicas, 20,8%, e computadores e equipamentos de informática, 19,3%. A forma de pagamento mais comum é o cartão de crédito, 49,5% (em 2005, 47%), mas há um percentual significativo que ainda utiliza boletos bancários, 39% (em 2005, 35%). A proporção dos indivíduos que teve problemas ao adquirir produtos pela rede mantém-se baixo, 9,2%. Em 2005 esse índice era 7,5%.

A falta de interesse ou necessidade (43,45%) ainda é o principal motivo apresentado em 2006 dentre aqueles que nunca realizaram compras pela internet. Entre outras razões estão a preferência por realizar compras pessoalmente (39,2%) e a preocupação com problemas de segurança (19,9%). Outros 16,7% dos entrevistados declararam não confiar no produto que vão receber, percentual que cresceu significativamente em relação aos 4,2% informados em 2005.

Segurança na rede

O estudo mostrou que 44,5% dos usuários de Internet declararam não ter encontrado problemas de segurança em 2006 – em 2005 foram 41%. O problema mais freqüente continua sendo o ataque de vírus com perda de informação ou que resultou em acesso não autorizado (20,3%), seguido pelo ataque de vírus com danos em software ou hardware (7,9%). Não houve variação desses indicadores em relação a 2005 (19,6% e 7,1%, respectivamente).

Entre os internautas que possuem computador no domicílio, a maioria adotou práticas de segurança com relação ao equipamento (72,7%). A medida de segurança mais difundida ainda é o antivírus, correspondendo a 70,2% dos entrevistados (69,8% em 2005), sendo a utilização maior entre os homens e pessoas das classes AB.





Fonte: Assessoria

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