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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 21:15

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Peter Pace, deixará o cargo no dia 30 de setembro, quando termina seu mandato, anunciou nesta sexta-feira o secretário de Defesa do país, Robert Gates. Segundo Gates, uma das razões para a não renomeação de Pace estaria associada à guerra do Iraque.

O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Gordon Johndroe, disse que a oposição no Congresso à renovação do mandato de Pace levou o Pentágono a legitimar sua saída.

"O secretário [de Defesa, Robert] Gates disse ao presidente [George W.] Bush há duas semanas que as conversas [no Congresso] não tinham ido bem e que recomendava que o mandato de Pace não fosse renovado", disse Johndroe em Roma.

O secretário de Defesa também afirmou que, após conversar com senadores republicanos e democratas, chegou à conclusão de que os congressistas estão "voltados [na audiência] para o passado e não para o futuro" da guerra. "Porém eu tinha a intenção de pedir pela renovação de Pace" no cargo, frisou. Pace está no Estado-Maior conjunto americano há seis anos e ocupa a chefia há dois.

No Pentágono, Gates afirmou que decidiu não manter Pace no cargo pelo fato de "as audiências de confirmação no Senado (para sua renovação) tenderem a ser muito polêmicas". Além disso, se focaria mais nas motivações da Guerra do Iraque e no futuro do conflito "do que na capacidade profissional do general".

O general Pace provocou críticas entre os homossexuais nos EUA, declarando que a homossexualidade era "imoral". Num comunicado publicado em seguida, ele disse ter expressado uma opinião pessoal.

Depois das declarações feitas por Pace, a Casa Branca procurou se isolar dos comentários sobre o tema no Exército. O conselheiro do presidente, Dan Bartlett, também disse que o presidente dos EUA, George W. Bush, continuava a sustentar a prática do silêncio sobre as preferências sexuais no exército. Washington informou que as declarações de Pace ilustram apenas posições pessoais do general.

Bush foi informado sobre as declarações de Pace sobre a imoralidade dos atos homossexuais, mas também da observação do general de que "suas visões pessoais não tinham nenhuma influência sobre a política do governo dos Estados Unidos", disse Bartlett diante da imprensa em Mérida (sudeste do México), onde Bush terminou sua viagem de seis dias à América Latina.

A política segundo a qual os homossexuais podem servir no Exército sob a condição de silenciarem sobre seus relacionamentos sexuais é uma "política seguida há muitos anos e sustentada pelo presidente", disse Bartlett.

Bush "julgou apropriada a distinção que [Pace] fez hoje", lembrou Bartlett.




Fonte: Folha Online

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