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Nacional
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 20:21

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A Justiça de Alagoas deu prazo de 48 horas para que a Prefeitura de Maceió e o Estado resolvam o problema de superlotação na Unidade de Emergência Armando Lages, único pronto-socorro da capital.

Até a tarde desta sexta-feira, 46 pacientes já haviam sido transferidos para outros hospitais públicos ou privados, segundo a promotora Cecília Carnaúba, do Ministério Público Estadual. O prazo dado pela Justiça termina na tarde de sábado (9).

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado, o governo de Alagoas e a prefeitura da capital irão "alugar" 240 leitos por mês da rede privada e filantrópica. No total, serão gastos R$ 480 mil por mês, sendo R$ 360 mil pelo Estado e R$ 120 mil pela prefeitura. A medida entrará em vigor na próxima semana, após publicação no "Diário Oficial".

Na segunda-feira (4), um grupo de promotores fez uma vistoria na Unidade de Emergência. "Havia 20 pacientes deitados em colchões no chão de um centro cirúrgico, além de muitas macas pelos corredores. Com a superlotação, a limpeza e a salubridade fica comprometida. O ar não circula pelos corredores", disse Carnaúba.

Após a visita, o Ministério Público entrou com uma ação cautelar na Justiça pedindo a transferência de 60 pacientes internados no local.

A superlotação da Unidade de Emergência de Maceió foi agravada pela greve dos médicos da rede pública estadual, iniciada há 13 dias. A paralisação suspendeu o atendimento em cinco ambulatórios que faziam atendimento de emergência na periferia da capital. O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, disse que o atendimento na Unidade de Emergência não foi reduzido. Segundo ele, as negociações com o governo estão paradas.

O problema de superlotação na rede pública de Alagoas é recorrente. No início de abril, a Justiça federal deu prazo de 90 dias para que o Estado implantasse 21 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para atendimento de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Foram registrados seguidos casos de superlotação das UTIs neonatal das duas maternidades equipadas para atender gestantes de alto risco e bebês prematuros.





Fonte: Agência Folha

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