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PF pede prorrogação da prisão de envolvidos na Xeque-Mate
CAMPO GRANDE, Mato Grosso do Sul - A Polícia Federal pediu nesta sexta-feira, 8, a prorrogação da prisão de 60 dos 80 presos na Operação Xeque-Mate. O pedido é para que as detenções - cujo prazo vence na madrugada deste sábado - se prolonguem por mais cinco dias.
A lista ainda não foi divulgada. No entanto, o coordenador da operação, delegado Alexandre Custódio, deve anunciar ainda nesta sexta-feira, 8, a relação dos acusados de envolvimento na chamada máfia dos caça-níqueis que tiveram a prisão prorrogada.
Entre eles, devem constar os nomes do empresário e ex-deputado federal Nilton Cezar Servo, apontado como o chefe do esquema, e Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A operação deflagrada na última segunda-feira identificou cinco quadrilhas ligadas à importação e exploração de caça-níqueis. A máfia, segundo a PF, controlava toda a parte operacional do esquema e o pagamento de propinas.
Nesta sexta-feira, a esposa de Servo, a advogada Maria Dalva Cristina Martins prestou depoimento e negou que o ex-deputado tenha recebido qualquer pedido de dinheiro por parte de Genival Inácio dos Santos, o Vavá, irmão do presidente Lula. Reafirmou, no entanto, que os dois são amigos.
Segundo o advogado, Eldes Rodrigues, a maioria das 24 perguntas feitas à ela referiam-se à amizade de seu marido com o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Dalva foi indiciada por contrabando, formação de quadrilha e prática de jogo de azar dentro da Operação xeque-mate.
Durante o depoimento, não foi apresentada nenhuma gravação de áudio ou provas de que a acusada seja proprietária de máquinas caça-níqueis. Segundo o advogado, Maria Dalva disse que essas máquinas estão em nome de seu filho, Victor Emanuel.
Depoimento do compadre de Lula
Morelli confirmou em seu depoimento o recebimento de pagamentos mensais do empresário Nilton Cezar Servo, apontado como chefe da máfia dos caça-níqueis, segundo informações da CBN. Os R$ 1.500 correspondem, de acordo com Morelli, ao gerenciamento de máquinas caça-níqueis que Servo teria em Ilhabela e São Paulo.
O compadre de Lula negou, no entanto, a existência de uma sociedade informal com o suposto chefe da máfia, informa a CBN. A Xeque-Mate o enquadrou em quatro crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica, contrabando e sonegação
Nesta sexta-feira, chegaram a Campo Grande as 23 máquinas caça-níqueis apreendidas em uma casa de bingo de Ilha Bela no litoral paulista. As máquinas pertencem a Servo e a PF investiga se Morelli é sócio de Servo na aquisição dos caça-níqueis.
Entenda a Operação Xeque-Mate
A Xeque-Mate, segundo balanço divulgado pela Polícia Federal, capturou 77 pessoas em seis Estados - São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Cerca de 600 agentes foram mobilizados. Entre os presos estão empresários, advogados e policiais civis e militares acusados de receber propinas para facilitar as atividades da organização.
A Polícia Federal explicou que o trabalho estava concentrado no contrabando e, depois, apurou suposto esquema de corrupção de policiais e envolvimento com tráfico de drogas e tortura. A operação deflagrada na última segunda-feira identificou cinco quadrilhas ligadas à importação e exploração de caça-níqueis.
A máfia controlava toda a parte operacional do esquema e o pagamento de propinas. Os equipamentos eletrônicos usados nas máquinas chegavam ao Brasil pelo Porto de Santos, eram discriminados como peças de computador e transportados para Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Federal, o esquema rendia às ramificações da organização de jogos de azar pelo menos R$ 250 mil por dia. A propina paga a policiais e advogados variava entre R$ 2 mil e R$ 10 mil.
A lista ainda não foi divulgada. No entanto, o coordenador da operação, delegado Alexandre Custódio, deve anunciar ainda nesta sexta-feira, 8, a relação dos acusados de envolvimento na chamada máfia dos caça-níqueis que tiveram a prisão prorrogada.
Entre eles, devem constar os nomes do empresário e ex-deputado federal Nilton Cezar Servo, apontado como o chefe do esquema, e Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A operação deflagrada na última segunda-feira identificou cinco quadrilhas ligadas à importação e exploração de caça-níqueis. A máfia, segundo a PF, controlava toda a parte operacional do esquema e o pagamento de propinas.
Nesta sexta-feira, a esposa de Servo, a advogada Maria Dalva Cristina Martins prestou depoimento e negou que o ex-deputado tenha recebido qualquer pedido de dinheiro por parte de Genival Inácio dos Santos, o Vavá, irmão do presidente Lula. Reafirmou, no entanto, que os dois são amigos.
Segundo o advogado, Eldes Rodrigues, a maioria das 24 perguntas feitas à ela referiam-se à amizade de seu marido com o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Dalva foi indiciada por contrabando, formação de quadrilha e prática de jogo de azar dentro da Operação xeque-mate.
Durante o depoimento, não foi apresentada nenhuma gravação de áudio ou provas de que a acusada seja proprietária de máquinas caça-níqueis. Segundo o advogado, Maria Dalva disse que essas máquinas estão em nome de seu filho, Victor Emanuel.
Depoimento do compadre de Lula
Morelli confirmou em seu depoimento o recebimento de pagamentos mensais do empresário Nilton Cezar Servo, apontado como chefe da máfia dos caça-níqueis, segundo informações da CBN. Os R$ 1.500 correspondem, de acordo com Morelli, ao gerenciamento de máquinas caça-níqueis que Servo teria em Ilhabela e São Paulo.
O compadre de Lula negou, no entanto, a existência de uma sociedade informal com o suposto chefe da máfia, informa a CBN. A Xeque-Mate o enquadrou em quatro crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica, contrabando e sonegação
Nesta sexta-feira, chegaram a Campo Grande as 23 máquinas caça-níqueis apreendidas em uma casa de bingo de Ilha Bela no litoral paulista. As máquinas pertencem a Servo e a PF investiga se Morelli é sócio de Servo na aquisição dos caça-níqueis.
Entenda a Operação Xeque-Mate
A Xeque-Mate, segundo balanço divulgado pela Polícia Federal, capturou 77 pessoas em seis Estados - São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Cerca de 600 agentes foram mobilizados. Entre os presos estão empresários, advogados e policiais civis e militares acusados de receber propinas para facilitar as atividades da organização.
A Polícia Federal explicou que o trabalho estava concentrado no contrabando e, depois, apurou suposto esquema de corrupção de policiais e envolvimento com tráfico de drogas e tortura. A operação deflagrada na última segunda-feira identificou cinco quadrilhas ligadas à importação e exploração de caça-níqueis.
A máfia controlava toda a parte operacional do esquema e o pagamento de propinas. Os equipamentos eletrônicos usados nas máquinas chegavam ao Brasil pelo Porto de Santos, eram discriminados como peças de computador e transportados para Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Federal, o esquema rendia às ramificações da organização de jogos de azar pelo menos R$ 250 mil por dia. A propina paga a policiais e advogados variava entre R$ 2 mil e R$ 10 mil.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/222823/visualizar/
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