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Internacional
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 19:19

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A cúpula do G-8, marcada pelo embate sobre temas climáticos, terminou hoje com a constatação de que os países industrializados não estão dispostos a aceitar o argumento do Brasil e dos demais emergentes de que não poderão ser obrigados a estabelecer metas de redução de emissões de CO2. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que o G-5 (Brasil, China, Índia, África do Sul e México) não aceitará que limites sejam impostos a suas economias, exatamente no momento em que começam a crescer.

"Reivindicamos que não abrimos mão da possibilidade de crescimento dos nossos países", afirmou Lula, em sua conferência final antes de partir de Heiligendamm para o Brasil. "Fica bastante visível que os países mais pobres e os países em desenvolvimento têm muito a ver com essa discussão para evitar que a discussão sobre a questão climática seja um instrumento de inibição de crescimento dos países pobres e em desenvolvimento", disse o presidente.

Para os emergentes, portanto, apenas os países industrializados devem ter metas de redução de emissões. Hoje, porém, a chanceler Angela Merkel, deixou claro que tal posição será inaceitável. "Aceitamos que esses países (emergentes) terão responsabilidades diferenciadas", disse. Mas segundo ela, até 2012, quando vence parte do Protocolo de Kyoto, os países industrializados do G-8 representarão apenas 30% das emissões mundiais. "As emissões dos países emergentes serão significativas. Não podemos sozinhos combater o aquecimento global e deixar os demais países em um caminho doce", afirmou.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, também atacou qualquer possibilidade dos países emergentes em se eximir de responsabilidades. "Imagine se todos os chineses poluírem como os americanos", questionou o francês.





Fonte: 24 Horas News

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