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Cidades/Geral
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 15:32

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (8) que as investigações sobre corrupção no Brasil realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público "doem" nos suspeitos, mas que o julgamento separa "quem é culpado de quem é inocente".

"O que não falta no Brasil é gente para fiscalizar (a corrupção). Ainda sim acontece. Mas na medida em que acontece mais, não temos outra coisa a fazer senão colocar a Polícia Federal para investigar o que for necessário", afirmou Lula.

"Nem aceito pressão para diminuir processo de investigação da PF, nem pressão para diminuir investigação do Ministério Público. A única coisa que tenho pedido é que eles sejam prudentes para não condenarem inocentes. E acho que eles fazem direitinho. Dói? Dói. As pessoas que aparecem sofrem? Sofrem. Mas um dia vai para julgamento e vai aparecer quem é culpado e quem é inocente", disse o presidente a jornalistas após reunião da cúpula do G-8.

Lula disse ainda que os países mais pobres e os países em desenvolvimento devem atentar para a discussão da questão climática. "Para evitar que a questão seja um instrumento de inibição ao crescimento econômico dos paises pobres ou em desenvolvimento", completou Lula.

EUA x Venezuela

Sobre os conflitos entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente afirmou para a emissora em inglês da rede "Al Jazira" que a relação só pode melhorar depois da sucessão de George W. Bush. "Acho que outro presidente poderia recuperar as relações entre EUA e Venezuela, que são para nós dois países amigos. Queremos que vivam em paz, e, sobretudo, também com o Brasil", disse.

Na entrevista, gravada durante a recente passagem de Lula por Londres e que será exibida na noite desta sexta ele se diz convencido de que "é quase impossível construir uma boa relação" entre o presidente americano, George W. Bush, e o venezuelano, Hugo Chávez.

Para o presidente brasileiro, é curioso que os dois presidentes estejam brigados quando "os Estados Unidos precisam do petróleo da Venezuela, e a Venezuela precisa vender petróleo aos Estados Unidos".

"É uma briga que não consigo entender muito bem", comenta, acrescentando que um dos motivos pode ser o fato de que "durante muitos anos a política venezuelana esteve muito subordinada à dos Estados Unidos, sobretudo no que se refere ao petróleo".

Confiança

Lula afirmou ainda que sua relação com Chávez "não é de chefes de Estado, e sim de amizade, de companheirismo". Ele chamou o líder venezuelano de "um companheiro" com quem tem "uma relação excelente pessoalmente", acrescenta.

"O Brasil tem interesses na Venezuela, e vice-versa. Temos projetos conjuntos. Estamos construindo juntos, por exemplo, uma refinaria. Há muitos investimentos brasileiros na Venezuela, e acho que a cooperação entre os dois vai continuar", aposta.

Na entrevista, o presidente reafirmou a confiança em Chávez. "E tenho certeza de que ele também tem confiança em mim. Quando temos alguma divergência, falamos abertamente sem que haja segredos entre nós", diz.





Fonte: G1 com EFE

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