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Polícia Brasil
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 14:28

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A Polícia Federal deve solicitar nesta sexta-feira a prorrogação da prisão provisória de 50 dos 79 presos na Operação Xeque-Mate. Há a hipótese, porém, da PF pedir a prisão preventida dos presos com maior grau de envolvimento com o esquema de exploração de caça-níqueis. O suposto chefe da máfia dos caça-níqueis, Nilton Cézar Servo, e o compadre do presidente Lula, Dario Morelli Filho, são os primeiros da lista de acusados que a Polícia Federal quer manter presos. Outros seis acusados continuam foragidos.

O suposto gerente dos "negócios" de Nilton Servo, Andrei Cunha, aceitou entrar no programa de delação premiada e teria revelado todo o esquema e pode levar a PF a apreender mais documentos. A ajuda de Andrei é importante para a Polícia Federal abreviar os trabalhos de análise dos documentos apreendidos durante a operação.

A Operação Xeque-Mate foi desencadeada para investigar a exploração do jogo de azar, por meio de máquinas caça-níqueis e outros crimes, como formação de quadrilha, corrupção, exploração de prestígio e tráfico de influência. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em seis estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.

O prazo da prisão temporária é de cinco dias. Portanto, o prazo para os que foram presos na segunda (4) vence nesta sexta (8). Os acusados detidos na terça (5), permanecem pelo menos até sábado (9) detidos no Presídio federal. Pela lei, a polícia pode pedir adiamento por mais cinco dias da prisão temporária. Ao vencimento da prorrogação, pode solicitar ainda prisão preventiva por tempo indeterminado.

Estão presos na PF de Campo Grande 79 suspeitos. Na noite de quarta (6), Hércules Mandetta Neto, que era um dos sete foragidos, se apresentou e ficou detido. Ele prestará depoimento nesta sexta-feira, na parte da manhã.

Agora são seis os suspeitos que não foram encontrados pela polícia e estão na lista da Interpol, a polícia internacional.

Mandetta Neto é médico e pecuarista. Segundo a PF, ele seria proprietário de caça-níqueis. O advogado de Mandetta Neto, Rubens Barbiratto Barbosa, negou ligação de seu cliente com jogos ilegais.

O advogado afirmou que Mandetta Neto estava numa fazenda, em Dois Irmãos do Buriti, e quando ficou sabendo que estava na listagem de procurados da PF, entrou em contato pedindo orientações. "Quando soube do que aconteceu, quis se apresentar", conta Barbosa.

Entre os suspeitos apenas dois não tiveram prisão decretada, entre eles o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá.

DEPOIMENTO DE 12 HORAS

O último depoimento, o de Nilton César Servo, considerado pela PF como o chefe da máfia dos caça-níqueis, ocorreu na quarta-feira e durou mais de 12 horas. Segundo o advogado do suspeito, Omar Rasslan, seu cliente "em nenhum momento" foi considerado como "chefe do esquema". Rasslan disse ainda que não pretende pedir habeas corpus de soltura de seu cliente até que haja decisão da PF sobre quais prisões serão prorrogadas.





Fonte: RMT-MS

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