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Internacional
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 06:38

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Três editores do único jornal chinês que na segunda-feira passada publicou um anúncio lembrando os 18 anos do massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989, em Pequim, foram despedidos, informou hoje a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

O jornal "Chengdu Wanbao", editado na província de Sichuan, no sudoeste do país, publicou na segunda-feira uma publicidade com a frase "Saudação às infatigáveis Mães da Praça da Paz Celestial". A organização reúne mais de 100 mulheres cujos filhos morreram na praça, vítimas da repressão do Exército chinês, na noite de 3 para 4 de junho de 1989.

O Governo comunista mantém um rígido sigilo sobre o dramático episódio. Não se sabe sequer o número exato de mortos. Segundo diferentes fontes, podem ter sido de 400 a 2 mil estudantes e operários.

"Os três jornalistas foram vítimas inocentes. O jornal permitiu a publicação do anúncio porque seus empregados sequer sabiam o que aconteceu em 4 de junho de 1989", diz a RSF em comunicado.

Segundo a organização, os jornalistas "são vítimas de um expurgo, típico desse Governo".

Um dos despedidos é Li Zhaojun, um dos subeditores-chefes do jornal.

A RSF teme também que a pessoa que enviou o anúncio seja detida e receba uma dura condenação.

A funcionária que aceitou o anúncio, sem saber o que havia acontecido na Praça da Paz Celestial, pediu explicações ao cliente sobre o conteúdo. Ele respondeu que era um tributo às vítimas de um acidente numa mina.

Outros dois jornais de Chengdu rejeitaram a publicação do anúncio.





Fonte: EFE

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