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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 07 de Junho de 2007 às 20:33

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O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que durante os contatos que manteve com o ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca), o grupo colocou objetivos de conteúdo político que são inaceitáveis.

Em entrevista ao canal de televisão "Cuatro", Zapatero explicou que uma condição imprescindível para que os contatos pudessem acontecer era a total ausência de violência. "Só se pode fazer e decidir política nas instituições democráticas com ausência e eliminação radical da violência", acrescentou o presidente do governo em sua primeira entrevista após a ruptura do cessar-fogo do ETA, anunciada na segunda-feira (4).

O processo com o grupo, no qual disse que houve contatos diretos e indiretos, "não foi muito longo". Zapatero se negou a dar detalhes sobre as pessoas que participaram do processo, ao argumentar que devia ser "prudente e responsável".

O líder se limitou a dizer que "houve algumas reuniões" às quais compareceram pessoas que se comprometeram muito, mas que não eram apenas espanhóis.

O chefe do Executivo deixou claro que "o único culpado pelo que está acontecendo é o ETA" e o fracasso foi do grupo terrorista por não ter vontade e coragem para "acabar com este horror".

Além disso, insistiu em que tem o direito e o dever de tentar um processo para acabar com a violência.

Se havia uma mínima oportunidade de conseguir esse objetivo, Zapatero disse que era seu dever tentar.

Suas expectativas foram "praticamente reduzidas a nada" após o atentado promovido pelo ETA no dia 30 de dezembro no aeroporto de Madri, quando duas pessoas morreram.

Zapatero disse que nenhum assassinato tinha acontecido desde o início do cessar-fogo, algo que "nunca ocorreu" em toda a história do grupo terrorista.

Após criticar a atitude da principal força de oposição, o PP (Partido Popular), o presidente se mostrou pessimista com relação à possibilidade de uma aproximação com o líder popular Mariano Rajoy na reunião que os dois terão na segunda-feira (11).

Na sua opinião, não é bom para o país que o PP tenha escolhido a política terrorista como eixo de sua oposição.

"Cada um tem sua responsabilidade; absolutamente, eu cumpri com a minha", manifestou Zapatero, afirmando que se esforçará para recuperar o consenso e alertou que é necessário "garantir um diálogo que não esteja submetido à disputa pública".




Fonte: EFE

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