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Responsável pelo indiciamento de irmão de Lula depõe na PF
O ex-deputado Nilton Cezar Servo, suspeito de chefiar uma máfia de caça-níqueis, presta depoimento nesta quarta-feira na Polícia Federal. Preso na terça-feira na Operação Xeque-Mate, Servo é amigo de Genival Inácio da Silva, o Vavá, indiciado pela PF e irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os depoimentos dos 78 presos do caso devem ser encerrados nesta terça-feira, segundo a assessoria da PF, mas ainda há sete foragidos da operação que atinge os Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.
Benedito de Tolosa Filho, advogado de Vavá, disse nesta tarde que a Justiça de Mato Grosso do Sul, sede da investigação, ainda não liberou os autos do processo do irmão de Lula, mas que já há um advogado designado por ele trabalhando no caso em Campo Grande.
Com o feriado prolongado, Tolosa considera que apenas na semana que vem terá acesso ao processo. Ele próprio irá a Campo Grande para isso.
"No final, seguirá para o Ministério Público. Tenho certeza que meu cliente vai ser excluído do processo por falta de provas", disse Tolosa à Reuters.
O irmão de Lula foi indiciado na segunda-feira por tráfico de influência e exploração de prestígio, instrumentos que supostamente teria utilizado para beneficiar a quadrilha de caça-níqueis.
O advogado explicou que o indiciamento de Vavá teve como origem um telefonema que recebeu de Nilton Cezar Servo, cujo sigilo telefônico foi quebrado. Mas a conversa teria sido apenas sobre a saúde de Vavá e temas familiares, acredita.
Vavá e Servo se conheceram há dez anos na Assembléia Legislativa de São Paulo em eventos políticos.
O áudio da conversa foi mostrado pela PF ao irmão de Lula, mas ainda assim o advogado chegou a afirmar que a ligação seria de Dario Morelli Filho, assessor técnico da Companhia de Saneamento de Diadema que foi detido na mesma operação. Lula é padrinho do filho de Morelli, que também é amigo de Vavá.
"A primeira informação que passaram é que tinha sido o Dario", disse Tolosa.
Filho de Vavá, Edson Inácio Marin da Silva, explica que a confusão acontece porque família não recebeu informações oficiais dos autos e muitos dados são repassados pela imprensa. Agora, tanto o advogado quanto o filho de Vavá garantem que a ligação foi de Servo.
Edson, que trabalha na Ceagesp de São Paulo desde 2003, conta que a relação com Dario é de proximidade, já com Nilton seu pai mantém relacionamento mais esporádico.
"Conhecemos muita gente, moramos há 34 anos em São Bernardo do Campo. Meu pai é muito afável, a gente costuma dizer que ele dá o número do telefone para cachorro na rua", diz Edson, ao admitir que Vavá recebe muitos pedidos, mas que não teria como encaminhá-los.
"Meu pai não tem nenhuma ligação (com o esquema de jogo), mas a PF está fazendo o trabalho dela, não está agindo de má-fé", acrescentou.
De posse de um mandado de busca e apreensão, a PF levou da casa de Vavá três documentos: uma carta para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e dois pedidos de emprego. O senador já afirmou que desconhece o assunto. O advogado diz que os papéis "estavam lá há tempo".
Aposentado, Vavá, de 66 anos, fez há dois anos uma cirurgia para varizes nas pernas e agora terá de fazer nova operação por problemas entre a bacia e o fêmur. Ele não tem saído de sua casa desde o indiciamento.
Os depoimentos dos 78 presos do caso devem ser encerrados nesta terça-feira, segundo a assessoria da PF, mas ainda há sete foragidos da operação que atinge os Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.
Benedito de Tolosa Filho, advogado de Vavá, disse nesta tarde que a Justiça de Mato Grosso do Sul, sede da investigação, ainda não liberou os autos do processo do irmão de Lula, mas que já há um advogado designado por ele trabalhando no caso em Campo Grande.
Com o feriado prolongado, Tolosa considera que apenas na semana que vem terá acesso ao processo. Ele próprio irá a Campo Grande para isso.
"No final, seguirá para o Ministério Público. Tenho certeza que meu cliente vai ser excluído do processo por falta de provas", disse Tolosa à Reuters.
O irmão de Lula foi indiciado na segunda-feira por tráfico de influência e exploração de prestígio, instrumentos que supostamente teria utilizado para beneficiar a quadrilha de caça-níqueis.
O advogado explicou que o indiciamento de Vavá teve como origem um telefonema que recebeu de Nilton Cezar Servo, cujo sigilo telefônico foi quebrado. Mas a conversa teria sido apenas sobre a saúde de Vavá e temas familiares, acredita.
Vavá e Servo se conheceram há dez anos na Assembléia Legislativa de São Paulo em eventos políticos.
O áudio da conversa foi mostrado pela PF ao irmão de Lula, mas ainda assim o advogado chegou a afirmar que a ligação seria de Dario Morelli Filho, assessor técnico da Companhia de Saneamento de Diadema que foi detido na mesma operação. Lula é padrinho do filho de Morelli, que também é amigo de Vavá.
"A primeira informação que passaram é que tinha sido o Dario", disse Tolosa.
Filho de Vavá, Edson Inácio Marin da Silva, explica que a confusão acontece porque família não recebeu informações oficiais dos autos e muitos dados são repassados pela imprensa. Agora, tanto o advogado quanto o filho de Vavá garantem que a ligação foi de Servo.
Edson, que trabalha na Ceagesp de São Paulo desde 2003, conta que a relação com Dario é de proximidade, já com Nilton seu pai mantém relacionamento mais esporádico.
"Conhecemos muita gente, moramos há 34 anos em São Bernardo do Campo. Meu pai é muito afável, a gente costuma dizer que ele dá o número do telefone para cachorro na rua", diz Edson, ao admitir que Vavá recebe muitos pedidos, mas que não teria como encaminhá-los.
"Meu pai não tem nenhuma ligação (com o esquema de jogo), mas a PF está fazendo o trabalho dela, não está agindo de má-fé", acrescentou.
De posse de um mandado de busca e apreensão, a PF levou da casa de Vavá três documentos: uma carta para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e dois pedidos de emprego. O senador já afirmou que desconhece o assunto. O advogado diz que os papéis "estavam lá há tempo".
Aposentado, Vavá, de 66 anos, fez há dois anos uma cirurgia para varizes nas pernas e agora terá de fazer nova operação por problemas entre a bacia e o fêmur. Ele não tem saído de sua casa desde o indiciamento.
Fonte:
24 HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223149/visualizar/
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