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Economia
Quarta - 06 de Junho de 2007 às 12:05

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A retomada nas vendas de tratores, colheitadeiras e implementos, nos últimos meses, no Nortão, esgtou o estoque de muitas empresas que deixaram de ter produtos a pronta entrega. Em algumas concessionárias e revendas o produtor e empresário têm que aguardar entre 30 até 90 dias. Para algumas empresas do setor, o cenário é reflexo do fim da crise nos dois anos de crise no agronegócio, em que muitas empresas reduziram a produção ou paralisaram as atividades em determinados períodos.

Edson Bertão, de uma revendedora que atua em cinco municípios da região e está expondo maquinários na Exponop (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Sinop), disse que “o agronegócio está tendo uma retomada, principalmente com o preço atual da soja, que é o produto chefe da nossa região, e isso está contribuindo para que o agricultor volte a investir e faça o segmento andar como um todo". Ele destacou que alguns modelos de plantadeiras são entregues em um prazo de 90 dias. “Nos dois últimos anos isso não aconteceu. Tinha produto sobrando no estoque”, recordou.

O empresário Jaime Demarchi, da Copetral, explicou que a empresa apresenta dois lançamentos na Exponop, uma laminadora de cana e uma máquina de pulverização, e aposta em negociações futuras. A falta de produto no mercado também reflete nos negócios. “Se você encaminhar um pedido hoje, é 30 dias para entrega. Tem firmas, depende o maquinário, que é 60 dias pra mais. Principalmente parte de tratores e implementos”, completou.

Porém, há muitos agricultores cautelosos quanto a novos investimentos. Jaime ressaltou que “a crise ainda não foi extinta totalmente no mercado de máquinas agrícolas. O que está sustentando em termo de revenda está sendo a reposição de peças. Uma boa parte dos agricultores está pensando em recuperar a máquina usada e não comprar uma máquina nova”, explicou. Uma colheitadeira que já chegou a custar R$ 700 mil pode ser encontrada por, em média, R$ 340 mil.

Para algumas revendedoras de caminhões o cenário não é diferente. Em um grupo que atua em quatro Estados, e há cinco anos em Sinop, o estoque foi reforçado para este período. “Quem não se preparou e acreditou no mercado deve enfrentar dificuldades”, avaliou o representante Reinaldo Cezar. “Já iniciamos nesse mês com 36 caminhões vendidos na região, somente na exposição foram 18, o que mostra a reação do mercado”, acrescentou. Os modelos mais procurados custam em média, entre R$ 100 mil e R$ 180 mil.

Em outra empresa do segmento, compradores também podem encontrar dificuldades na entrega do produto, resultado do aumento na demanda.





Fonte: Só Notícias

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