Copa do Brasil-2007 tem duelo de gerações na sua decisão
A grande final da Copa do Brasil, às 21h45, em Florianópolis (SC), com todos os ingressos vendidos, marcará um confronto de gerações.
Os donos da casa, que faturam seu primeiro titulo nacional na elite até com um empate sem gols hoje, não têm nenhum trintão e apostam numa penca de garotos.
Já o Fluminense, que precisa vencer ou arrancar uma igualdade a partir de 2 a 2 (o 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis), conta com o atacante Alex Dias, 35, e envelhece até quando precisa substituir um veterano.
Machucado, o zagueiro Luiz Alberto, 29, dá lugar a Roger, 32. "O Roger tem total capacidade para substituí-lo. Tenho certeza de que ele fará de tudo para sairmos com esse título inédito", afirmou o técnico Renato Gaúcho, mostrando confiança em um dos veteranos da sua equipe, grupo que ainda tem o volante Fabinho, 30.
Todos eles ficariam deslocados no Figueirense, que, se conseguir triunfar, irá disputar a Libertadores da América pela primeira vez na sua história, repetindo a façanha do conterrâneo Criciúma há mais de dez anos.
Depois de jogar um Brasileiro com gente rodada como Cléber e Edmundo, o time de Santa Catarina se voltou para a base. No time titular de Mário Sérgio, destacam-se os zagueiros Édson, 19, e Felipe Santana, 21, os volantes Diogo, 20, e Henrique, 22, e o atacante Ramon, 20. A diretoria do clube não se assusta com pressão sobre eles.
Norton Flores Boppré, homem forte do clube, queixou-se de uma campanha feita pelos cariocas para caracterizar o Figueirense como time violento, que, segundo ele, tinha como objetivo amedrontar seus "garotos" e condicionar as arbitragens contra seu clube.
"Algumas pessoas que ainda não aceitam o crescimento administrativo e técnico do Figueirense estão usando de artimanhas para expor nossos jogadores", disse o dirigente.
O retrospecto recente da Copa do Brasil mostra que veteranos podem ser decisivos, como foram os atacantes Luizão, pelo Flamengo, no ano passado, e Sandro Gaúcho, com o Santo André, em 2004.
No jogo de hoje, os dois técnicos, que buscam o primeiro título de suas carreiras na função, escondem a escalação.
"Divulgar o time facilita a vida dos jornalistas e do técnico adversário", disse Renato Gaúcho, que conta com o bom desempenho de sua equipe como visitante na competição --venceu três vezes e empatou duas.
"O Fluminense é um time que, fora de casa, sempre conseguiu os resultados de que precisava. Vai ser muito sofrimento, mas a gente acredita muito que essa garotada dê uma resposta positiva dentro de campo", disse Mário Sérgio.
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