Filho é executado na frente do pai no Canjica, em Cuiabá
Na ocasião, morreram Eliabe dos Santos Cartaxo, de 35, e o servente de pedreiro Sidnei Honorato Ramos, de 18. O adolescente W.V., de 17, foi baleado na perna e Alan Carlos da Silva, de 18, foi atingido de raspão na testa.
As investigações apontam que Luciano e seu pai eram os alvos dos criminosos, mas eles estavam na cozinha onde se esconderam após os disparos. “Não escondi e nem meu filho. A gente já estava na cozinha e não saímos de lá. Só ouvimos os tiros”, disse João Alves. A partir daí, eles mudaram do bairro e foram viver em casa de amigos, no vizinho Canjica.
Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já identificaram o autor do assassinato de Luciano, mas não sabem se ele participou da tentativa de chacina. O nome do criminoso não foi divulgado.
Ontem de manhã, José Alves e o filho Luciano foram para o centro comunitário que está abandonado e se transformou numa espécie de “fumódromo”. Lá, se encontraram com o criminoso e um amigo deste. Os quatro estavam no recinto e, em dado momento, o autor dos disparos foi até os fundos do prédio e retornou com um revólver para executar pai e filho.
“Ele (o autor) atirou na cabeça de meu filho. A arma, primeiro, “lencou” (falhou). Então, atirou de novo e acertou. Em seguida, mirou para meu lado e a arma “lencou” de novo. Em seguida, correu”, disse apavorado José Alves. Luciano chegou a correr alguns metros, mas foi atingido por um tiro à curta distância.
Segundo José Alves, o autor é um conhecido e sabe inclusive onde mora. Policiais militares estiveram na casa, mas havia fugido deixando a carteira de identidade. Policiais da DHPP fizeram buscas nas proximidades, mas não localizaram o autor.
José Alves não sabe o motivo do assassinato do filho. Ele admitiu que Luciano tinha envolvimento com drogas. “Tinha sim, mas estava parando”, assegurou. O delegado Vaíte Eugênio de Oliveira colocou uma equipe para investigar o assassinato.
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