Empresários de MT são investigados

O agente aponta que as investigações correm em segredo de Justiça, mas afirma que Lima mantinha "negócios" com "empresários e pessoas importantes de outros Estados", entre eles MT. Quanto às "pessoas importantes", o agente diz que pelas ligações telefônicas interceptadas dá para perceber que trata-se de gente de alto poder aquisitivo, pelos lugares que diziam frequentar e a forma de locomoção. "Sempre falavam, vou pegar meu avião e ir para tal lugar", exemplifica.

Entretanto, o agente aponta que ainda não há qualquer ligação do médico, com estas "pessoas de outros estados", com relação ao crime de pedofilia e, por isso, o caso será encaminhado ao MP para que apure outros possíveis crimes.

A polícia civil de Goiás chegou até o médico Antônio Claret após informações repassadas pela polícia civil do Distrito Federal, que investiga organizações criminosas. Ligações do médico foram interceptadas pela polícia do DF, que encaminhou para Goiás o caso específico sobre pedofilia.

Clínico geral, Antônio Claret Lima, foi preso junto com outras cinco pessoas. Sete vítimas, com idade entre 5 a 12 anos, já foram identificadas. Os acusados de formar uma rede de pedofilia devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, estupro, atentado violento ao pudor e corrupção de menores. O relatório final do inquérito deve ser encaminhado na sexta-feira para a Justiça.

As interceptações telefônicas mostram, inclusive, uma babá incentivando uma menina de oito anos, de quem cuidava, a manter atos libidinosos com o médico. Além disso, as ligações mostram a mesma babá negociando o envolvimento do seu próprio filho de apenas quatro anos.

Quanto a possível ligação do médico com as organizações criminosas que estão sendo investigadas em Brasília, a polícia de Goiás não tem informações.