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RCTV transmitirá parte de sua programação em telões
CARACAS - A emissora Rádio Caracas de Televisão (RCTV), tirada do ar no último dia 27 por uma decisão do governo venezuelano, irá transmitir parte de sua programação em telões instalados em praças públicas de Caracas e cidades no interior do país. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 5, junto com o local da primeira transmissão: a praça Alfredo Sadel, no sudeste da capital venezuelana.
De acordo com diretores da RCTV os telões irão exibir capítulos das novelas Mi Prima Ciela e Camaleona, que iam ao ar no horário nobre até o sinal da emissora ser cortado. O público também poderá assistir ao vivo à gravação de humorísticos e programas de auditório, como o campeão de audiência Quem Quer Ser Milionário.
Há 53 anos no ar, a RCTV era a emissora mais popular da Venezuela e a única de alcance nacional que se mantinha na oposição ao presidente, Hugo Chávez. O governo venezuelano, porém, se recusou a renovar sua licença para transmitir pelo canal 2 alegando que seus diretores são golpistas e não cumpriram com compromissos legais e fiscais.
Nos últimos dias, parte da programação da RCTV tem sido veiculada por internet ou pelo sinal internacional da TV colombiana Caracol. Segundo sua porta-voz, a emissora não tem intenção de mudar suas operações para outro país da América Latina ou os EUA.
Nenhum dos três mil trabalhadores da RCTV ainda foi demitido. A maioria continua a trabalhar e a produzir os programas, que estão sendo exibidos também na internet, no site de notícias do El Observador.
A vice-presidente de mercado da RCTV, Inés Bacalao, disse que apenas oito funcionários, responsáveis por colocar o sinal da emissora ao vivo, foram realocados em outros departamentos. A emissora afirma que tem dinheiro em caixa, mas não disse quanto tempo suportará sem receita publicitária.
"Em algum momento, esperamos retomar o nosso sinal aberto," disse Bacalao, que descartou a possibilidade da emissora transmitir seu sinal na TV por assinatura, ou TV a cabo. "Queremos regressar ao sinal aberto. Se transmitirmos por cabo, nossa programação será vista por apenas 30% dos venezuelanos," afirmou.
Manifestações
O fim das transmissões da RCTV provocou manifestações de repúdio de diversos países e organizações internacionais, que encararam a decisão do governo como um ataque contra a liberdade de expressão. Até o Senado brasileiro se manifestou contra a medida, o que levou Chávez a acusá-lo de ser "um papagaio" do Legislativo americano e abriu um incidente diplomático entre os dois países.
Nas principais cidades venezuelanas, milhares de estudantes estão protestando há mais de uma semana contra o fim das transmissões da RCTV. Nesta terça-feira, eles organizaram uma manifestação no metrô de Caracas e tomaram diversas estações com cartazes que pediam a volta da emissora.
Em um discurso numa conferencia sobre democracia em Praga, o presidente americano, George W. Bush, incluiu a Venezuela na lista de países nos quais a liberdade está ameaçada - junto com o Usbequistão e o Vietnã - e acusou o governo Chávez de "recorrer ao populismo" para "desmantelar as instituições democráticas" do seu país.
O presidente da Câmara dos Deputados brasileira, Arlindo Chinaglia (PT-SP) defendeu nesta terça-feira a aprovação do protocolo que prevê a adesão da Venezuela ao Mercosul. Na véspera, a oposição havia ameaçado obstruir a tramitação do documento em resposta aos ataques de Chávez ao Congresso.
Segundo Chinaglia, os dois temas devem ser tratados de maneira independente. "Não vou fazer disso um centro de ação política", disse. Os Legislativos da Argentina e do Uruguai já aprovaram o protocolo de adesão dos venezuelanos ao bloco, que ainda precisa do aval do Brasil e do Paraguai.
De acordo com diretores da RCTV os telões irão exibir capítulos das novelas Mi Prima Ciela e Camaleona, que iam ao ar no horário nobre até o sinal da emissora ser cortado. O público também poderá assistir ao vivo à gravação de humorísticos e programas de auditório, como o campeão de audiência Quem Quer Ser Milionário.
Há 53 anos no ar, a RCTV era a emissora mais popular da Venezuela e a única de alcance nacional que se mantinha na oposição ao presidente, Hugo Chávez. O governo venezuelano, porém, se recusou a renovar sua licença para transmitir pelo canal 2 alegando que seus diretores são golpistas e não cumpriram com compromissos legais e fiscais.
Nos últimos dias, parte da programação da RCTV tem sido veiculada por internet ou pelo sinal internacional da TV colombiana Caracol. Segundo sua porta-voz, a emissora não tem intenção de mudar suas operações para outro país da América Latina ou os EUA.
Nenhum dos três mil trabalhadores da RCTV ainda foi demitido. A maioria continua a trabalhar e a produzir os programas, que estão sendo exibidos também na internet, no site de notícias do El Observador.
A vice-presidente de mercado da RCTV, Inés Bacalao, disse que apenas oito funcionários, responsáveis por colocar o sinal da emissora ao vivo, foram realocados em outros departamentos. A emissora afirma que tem dinheiro em caixa, mas não disse quanto tempo suportará sem receita publicitária.
"Em algum momento, esperamos retomar o nosso sinal aberto," disse Bacalao, que descartou a possibilidade da emissora transmitir seu sinal na TV por assinatura, ou TV a cabo. "Queremos regressar ao sinal aberto. Se transmitirmos por cabo, nossa programação será vista por apenas 30% dos venezuelanos," afirmou.
Manifestações
O fim das transmissões da RCTV provocou manifestações de repúdio de diversos países e organizações internacionais, que encararam a decisão do governo como um ataque contra a liberdade de expressão. Até o Senado brasileiro se manifestou contra a medida, o que levou Chávez a acusá-lo de ser "um papagaio" do Legislativo americano e abriu um incidente diplomático entre os dois países.
Nas principais cidades venezuelanas, milhares de estudantes estão protestando há mais de uma semana contra o fim das transmissões da RCTV. Nesta terça-feira, eles organizaram uma manifestação no metrô de Caracas e tomaram diversas estações com cartazes que pediam a volta da emissora.
Em um discurso numa conferencia sobre democracia em Praga, o presidente americano, George W. Bush, incluiu a Venezuela na lista de países nos quais a liberdade está ameaçada - junto com o Usbequistão e o Vietnã - e acusou o governo Chávez de "recorrer ao populismo" para "desmantelar as instituições democráticas" do seu país.
O presidente da Câmara dos Deputados brasileira, Arlindo Chinaglia (PT-SP) defendeu nesta terça-feira a aprovação do protocolo que prevê a adesão da Venezuela ao Mercosul. Na véspera, a oposição havia ameaçado obstruir a tramitação do documento em resposta aos ataques de Chávez ao Congresso.
Segundo Chinaglia, os dois temas devem ser tratados de maneira independente. "Não vou fazer disso um centro de ação política", disse. Os Legislativos da Argentina e do Uruguai já aprovaram o protocolo de adesão dos venezuelanos ao bloco, que ainda precisa do aval do Brasil e do Paraguai.
Fonte:
Agência Estado e Associated Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223375/visualizar/
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