Produção industrial tem maior crescimento em quase dois anos
Com o resultado, a indústria acumula alta de 4,3% nos quatro primeiros meses deste ano, contra 3,8% no ano passado. Em abril, a principal alta foi no setor de bens de capital, principalmente máquinas para empresas, computadores e tratores. Na comparação com abril do ano passado, bens de capital apresentou um aumento de 17,4%, contra a média industrial de 6%.
De acordo com o IBGE, a taxa de –0,1% em abril "é resultado de um equilíbrio entre os 23 setores com séries ajustadas sazonalmente”. Doze deles expandiram sua produção e onze apresentaram queda. Entre as indústrias que tiveram resultados negativos, o principal impacto veio de alimentos (-1,9%). Segundo o economista André Macedo, um dos coordenadores da pesquisa, apesar desse impacto negativo, o setor de alimentos vem de cinco resultados positivos, que possibilitaram um ganho de 4,8% nesses cinco meses anteriores.
“Vale destacar aqueles alimentos que têm um viés para o mercado externo, como os derivados da soja e o açúcar, que estão favorecidos pela sua alta de seus preços no mercado internacional. E também alguns alimentos voltados para o mercado interno, beneficiados pela massa de salários nos últimos meses”, explicou Macedo.
Entre os outros produtos que foram prejudicados estão perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-5,7%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (- 3,4%) e refino e produção de álcool (–1,2%). Por outro lado, as maiores pressões positivas ficaram por conta de produtos químicos (2,3%) e bebidas (4,3%). “Esses dois setores assinalam resultados positivos, com claro destaque para o setor de produtos químicos, principalmente ligados ao setor agrícola, como adubos e fertilizantes”, avaliou o economista.
Ainda na comparação com março de 2007, três das quatro categorias de uso apresentaram queda na produção: bens de consumo duráveis (-1,4%), bens de capital (-1,2%) e bens intermediários, como minério e petróleo, (-0,6%).
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