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Internacional
Terça - 05 de Junho de 2007 às 14:35

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O novo chefe militar do Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão], Bakht Mohammad, afirmou nesta terça-feira que o líder da rede terrorista Al Qaeda, o saudita Osama bin Laden, está vivo e lhe enviou uma carta de condolências depois que seu irmão morreu, em maio.

"Ele [Bin Laden] está vivo e ativo. "Ele me enviou uma carta após a morte de meu irmão, o mulá Dadullah Lang", disse o novo líder à rede de TV Al Jazeera (Qatar).

O mulá Dadullah foi morto por forças americanas no Afeganistão. Sua morte foi vista como a maior baixa da insurgência Taleban desde seu afastamento do poder afegão, em 2001.

"Bin Laden me disse para seguir os passos de meu irmão", disse Mohammad.

O líder morto é apontado como mentor de ataques suicidas contra tropas afegãs e ocidentais no sul do Afeganistão, assim como seqüestros de estrangeiros e degolamentos.

Segundo Mohammad, Bin Laden evita a exposição na mídia por questões de segurança.

"São apenas táticas militares. Ele prefere não aparecer na imprensa, porque isso representaria perigo para ele", disse o novo líder Taleban.

De acordo com fontes da segurança dos EUA, o terrorista mais procurado do mundo e seu "braço direito", o médico egípcio Ayman al Zawahiri, provavelmente estão escondidos em uma região montanhosa da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

Planos

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, divulgou supostos planos terroristas de Bin Laden, que incluiriam ataques terroristas contra alvos fora do Iraque -- entre eles, os Estados Unidos.

A divulgação das informações, que estariam em um relatório da inteligência dos EUA, seria uma tentativa de Bush de justificar o conflito no Iraque, cuja impopularidade é crescente.

Segundo Bush, documentos da inteligência apontam que, em 2005, Bin Laden pediu que Abu Musab al Zarqawi, então líder da Al Qaeda no Iraque, organizasse uma célula terrorista destinada a realizar ataques fora do Iraque, apontando os EUA como alvo principal.

Al Zarqawi, que era jordaniano, morreu em junho de 2006 em um ataque aéreo dos EUA.

Não ficou claro que regiões dos EUA poderiam se tornar alvos de atentados.





Fonte: Folha Online com Reuters

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