Família repudia liberdade de PM que assassinou advogada em Tabaporã
Na nota, Hélio da Silveira Leite e Iracema de Carvalho Furtado Leite dizem ter recebido informações de que o militar já foi visto em entroncamentos, ou seja divisas de fazendas da região, de carro, sempre acompanhado. Dizem também que o policial tem recebido apoio de uma cunhada. “Já foi visto à noite, até mesmo em Tabaporã, onde têm familiares. Só que, com medo de represália as pessoas preferem o silêncio, para não terem o mesmo fim da advogada Andrea de Carvalho Furtado Pereira” – observa a nota.
“Temos conhecimento do empenho da Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Mato Grosso, na pessoa do seu presidente, Francisco Faiad, e do conselheiro estadual da OAB doutor Felício Ikeno, junto aos órgãos responsáveis pela captura do assassino. Mas não podemos deixar de falar que há um certo descaso. Não sabemos a quem cabe tal responsabilidade. Mas, o certo é que o indivíduo continua em liberdade, o que nos leva a pensar que o mesmo conta com algum tipo de proteção” – destaca o documento.
Hélio e Iracema, parentes da advogada assassinada, lembram que o criminoso não tem recursos próprios para se manter e que não mais recebe salários da Polícia Militar. Observam que Valtecir é de família que não tem muitas posses e que, portanto, “não tem como ir longe”.
A exemplo do que temia o presidente da OAB, Francisco Faiad, os familiares da advogada questiona se estaria havendo corporativismo. “ Acreditamos que não – diz a nota. Pois, um indivíduo como este, mancha, não somente a corporação da Polícia Militar do Estado Mato Grosso, mas sim, as Polícias do Brasil”. Em tom de lamento, eles questionam a segurança pública “diante de elementos dessa espécie”. Se dizendo atordoados e estraçalhados, os familiares da advogada criticam o descaso das autoridades e apelam para que os responsáveis pelo Estado, pela segurança pública, prendam o policial criminoso.
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