Droga aumenta vida de doente com câncer de fígado
O teste - elaborado em Barcelona pelo chefe do serviço de hepatologia do hospital, Jordi Bruix, e pelo pesquisador de oncologia hepática Josep Maria Llovet - projeta um novo tratamento que melhora a sobrevivência dos doentes.
O resultado do estudo, chamado Sharp - sigla em inglês de Protocolo Aleatório de Avaliação de Sorafenib em Câncer Primário de Fígado -, permitiu comparar a sobrevivência global e o tempo de progressão dos sintomas em pacientes aos quais são administrados o Sorafenib por via oral, diante de outros que recebiam placebo.
A média global de sobrevivência em pacientes tratados com Sorafenib foi de 10,7 meses, em comparação aos 7,9 meses dos quais receberam placebo, o que faz com que este tratamento amplie a vida global em mais de 40% sem causar efeitos colaterais graves.
O estudo Sharp começou há cinco anos, em colaboração com um hospital de Nova York, e incluiu um total de 602 pacientes procedentes de 110 estabelecimentos de Estados Unidos, América do Sul, Europa, Austrália e Nova Zelândia, todos diagnosticados com câncer de fígado avançado e sem terem recebido tratamento algum antes.
O câncer de fígado primário é o quinto mais comum no mundo, com uma incidência de 10 a 11 casos novos por ano por 100 mil habitantes na Espanha, e atinge pacientes com cirrose por hepatite B e C ou ingestão excessiva de álcool.
O Sorafenib, que bloqueia uma via de sinais do ciclo celular, atua impedindo tanto a proliferação de células tumorosas como a formação de vasos sangüíneos que alimentam o tumor, o que leva à demora de sua progressão e, em conseqüência, melhora a sobrevivência.
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