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Cidades/Geral
Terça - 05 de Junho de 2007 às 10:21

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A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul começa a ouvir nesta terça-feira o depoimento dos presos pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal.

A operação, deflagrada nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais, prendeu 77 pessoas acusadas de envolvimento em crimes como contrabando de peças para máquinas caça-níqueis, corrupção e tráfico de drogas.

O primeiro inquérito policial tinha por objetivo apurar a prática de contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. A suposta quadrilha --que agia nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rondônia-- pratica os crimes de contrabando e descaminho, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio.

O segundo inquérito policial apurava a corrupção de policiais civis e seu possível envolvimento com tráfico de drogas no Estado do Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, surgiram "alvos" comuns nos dois inquéritos e suas ações coincidiam nos atos criminosos dos grupos ligados à "máfia dos caça-níqueis".

Indiciamento

O irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha.

A Polícia Federal realizou ontem busca e apreensão na casa de Genival, em São Bernardo, no ABC Paulista.

A reportagem informa ainda que a PF pediu a prisão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.

O presidente Lula elogiou o trabalho da Polícia Federal realizado na Operação Xeque-Mate, mas disse não acreditar no envolvimento de seu irmão com o esquema. "Não acredito que ele tenha envolvimento com qualquer coisa. Agora, como presidente da República, se a Polícia Federal tinha uma autorização judicial e o nome dele aparecia, paciência", disse na Índia.

Lula afirmou ainda não ter conversado com o irmão sobre o caso. "Eu sei poucos detalhes, as pessoas ainda não foram ouvidas. O que peço é que a polícia tenha serenidade nas investigações para que a gente não condene inocentes e não venha a absolver culpados", afirmou.





Fonte: Folha Online

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