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Polícia Brasil
Terça - 05 de Junho de 2007 às 06:47

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MOSCOU - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, reconheceu nesta terça-feira, 5, que a estabilização do Iraque exigirá "muito tempo e esforço", e elogiou a "eficiência" do Exército iraquiano.

"Estava claro desde o início que a estabilização do Iraque não era uma tarefa fácil e exigiria muito tempo e esforço", disse Gates numa entrevista coletiva em Bishkek, capital do Quirguistão, segundo as agências de notícias russas.

Gates, que chegou nesta terça ao Quirguistão em visita oficial, ressaltou que "o Exército iraquiano atua de maneira eficaz ao colaborar com a polícia na estabilização do país e ampliar a área de segurança em torno de Bagdá".

"As Forças Armadas iraquianas participam desta tarefa com tanta dedicação que sofreram mais baixas que a coalizão internacional", disse.

O chefe do Pentágono ressaltou que o importante nestes momentos "não é quantos distritos estão sob controle, mas se há avanços".

Segundo a imprensa americana, Gates teria chegado a um acordo com as autoridades iraquianas para que uma parte das tropas americanas permaneça no país de maneira indefinida, como na Coréia do Sul e no Japão, onde os EUA mantêm bases desde 1945.

Visita a base de Manás

Robert Gates visitou nesta terça a base militar americana de Manás, a única na Ásia Central, e que fica a poucos quilômetros da capital do Quirguistão, Bishkek.

"O acordo assinado entre EUA e Quirguistão para o estabelecimento de uma base aérea no aeroporto de Manás respeita todas as normas internacionais", disse Gates em entrevista coletiva, segundo informaram as agências russas.

Ele ressaltou a importância da base "dentro do esforço internacional de mais de 42 países para a estabilização da situação no Afeganistão e a neutralização do Taleban".

O chefe do Pentágono discutiu a ampliação da cooperação na área militar e de segurança com o ministro da Defesa quirguiz, Ismail Isakov.

Alguns setores da sociedade quirguiz exigem o fechamento da base, considerando que a sua presença não aumenta a segurança nem a estabilidade do país. Além disso, exigem que os EUA entreguem o soldado americano que em dezembro de 2006 matou um trabalhador no aeroporto, que fica a menos de 10 quilômetros da capital.

O soldado americano atuou em "defesa própria", segundo seu testemunho. Ele foi levado de volta para seu país, sem ser julgado no Quirguistão.

O primeiro-ministro do Quirguistão, Almazbek Atambayev, afirmou recentemente que seu Governo não autorizará os EUA a utilizar Manás para atacar o Irã ou o Iraque.

O ex-presidente do Quirguistão Askar Akaiev cedeu às tropas americanas a base aérea de Manás em 4 de dezembro de 2001, como ponto estratégico para a guerra no Afeganistão.

Na base estão pouco menos de mil soldados americanos, além de vários aviões de transporte, vitais para o abastecimento das tropas postadas no Afeganistão.





Fonte: EFE

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