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Fluxo de capital estrangeiro no Brasil crescerá 118%
WASHINGTON - Os fluxos de capital estrangeiro privado para o Brasil vão crescer 118% e chegar a US$ 28,7 bilhões em 2007, maior valor desde 2001. Essa é a previsão do Institute of International Finance (IIF), espécie de Febraban mundial, em seu relatório semestral divulgado nesta segunda-feira, 4. Os fluxos incluem investimento estrangeiro direto, compra de ações, de títulos de dívida, empréstimos bancários e outros.
Segundo Ramón Aracena, analista de Brasil no IIF, há um efeito estatístico nos números por causa da compra da Inco pela Vale do Rio Doce em 2006 por US$ 18 bilhões. Os resultados são líquidos (fluxos de investimentos privados estrangeiros no País menos investimentos brasileiros no exterior). "Mas, mesmo excluída essa operação sem precedentes, há um crescimento significativo nos fluxos líquidos, porque há muito apetite dos investidores estrangeiros por ações brasileiras, IPOs e títulos de dívida em real", diz Aracena.
Comparando 2007 com 2005, ano em que não houve nenhuma grande operação que tenha distorcido os números, os fluxos de capital privado (líquidos) para o Brasil cresceram 66%.
Brasil será maior captador Segundo a previsão do IIF, o Brasil será o maior receptor de investimentos em ações da América Latina, com um fluxo de US$ 5 bilhões, por causa dos lançamentos iniciais de ações de companhias de médio porte. "A composição dos financiamentos externos do País está mudando, há menos dívida de curto prazo e cada vez mais investimento em empresas e ações e dívida de longo prazo", diz Aracena.
"Fortalecimento dos fundamentos, ampliação de oportunidades de negócios, redução de impostos sobre investimento estrangeiro e expectativa de valorização da moeda levaram a essa mudança estrutural no financiamento externo." "As altas taxas de juros e a expectativa de valorização da moeda também aumentaram as operações de arbitragem", diz o analista.
Fluxos de portfólio (dívida e ações) chegaram a quase US$ 9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, diante de US$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2006. A participação de estrangeiros no mercado local subiu de US$ 77 bilhões (8,7% do PIB) em 2006 para US$ 115 bilhões (10,8% do PIB). Em 2006, o investimento estrangeiro direto (IED) líquido no País, excluindo empréstimos intercompanhias, somou saída líquida de US$ 8 bilhões, diante de uma entrada líquida de US$ 12,4 bilhões em 2005. O IIF estima que a entrada em 2007 será de US$ 19 bilhões.
Emergentes
Segundo o relatório, os fluxos privados para todos os países emergentes vão chegar a US$ 544,9 bilhões, perto do recorde de 2006, de US$ 550 bilhões. "Por causa do bom desempenho dos ativos de países emergentes , houve uma ampliação da base de investidores, o que fortalece os mercados emergentes, disse Josef Ackermann, presidente do conselho de administração do IIF. O IED líquido na América Latina vai crescer 61,5% este ano, de US$ 26 bilhões em 2006 para US$ 42 bilhões.
Segundo Ramón Aracena, analista de Brasil no IIF, há um efeito estatístico nos números por causa da compra da Inco pela Vale do Rio Doce em 2006 por US$ 18 bilhões. Os resultados são líquidos (fluxos de investimentos privados estrangeiros no País menos investimentos brasileiros no exterior). "Mas, mesmo excluída essa operação sem precedentes, há um crescimento significativo nos fluxos líquidos, porque há muito apetite dos investidores estrangeiros por ações brasileiras, IPOs e títulos de dívida em real", diz Aracena.
Comparando 2007 com 2005, ano em que não houve nenhuma grande operação que tenha distorcido os números, os fluxos de capital privado (líquidos) para o Brasil cresceram 66%.
Brasil será maior captador Segundo a previsão do IIF, o Brasil será o maior receptor de investimentos em ações da América Latina, com um fluxo de US$ 5 bilhões, por causa dos lançamentos iniciais de ações de companhias de médio porte. "A composição dos financiamentos externos do País está mudando, há menos dívida de curto prazo e cada vez mais investimento em empresas e ações e dívida de longo prazo", diz Aracena.
"Fortalecimento dos fundamentos, ampliação de oportunidades de negócios, redução de impostos sobre investimento estrangeiro e expectativa de valorização da moeda levaram a essa mudança estrutural no financiamento externo." "As altas taxas de juros e a expectativa de valorização da moeda também aumentaram as operações de arbitragem", diz o analista.
Fluxos de portfólio (dívida e ações) chegaram a quase US$ 9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, diante de US$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2006. A participação de estrangeiros no mercado local subiu de US$ 77 bilhões (8,7% do PIB) em 2006 para US$ 115 bilhões (10,8% do PIB). Em 2006, o investimento estrangeiro direto (IED) líquido no País, excluindo empréstimos intercompanhias, somou saída líquida de US$ 8 bilhões, diante de uma entrada líquida de US$ 12,4 bilhões em 2005. O IIF estima que a entrada em 2007 será de US$ 19 bilhões.
Emergentes
Segundo o relatório, os fluxos privados para todos os países emergentes vão chegar a US$ 544,9 bilhões, perto do recorde de 2006, de US$ 550 bilhões. "Por causa do bom desempenho dos ativos de países emergentes , houve uma ampliação da base de investidores, o que fortalece os mercados emergentes, disse Josef Ackermann, presidente do conselho de administração do IIF. O IED líquido na América Latina vai crescer 61,5% este ano, de US$ 26 bilhões em 2006 para US$ 42 bilhões.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223562/visualizar/
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