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Rodovia liga Guajará-Mirim à BR-364 e apresenta inúmeros buracos na pista. Procurador da República explica que só com documento MPF pode intervir.
Prefeituras pedem providências do MPF em obras na BR-425, em RO
Representantes da Associação Comercial e das prefeituras de Guajará-Mirim(RO) e Nova Mamoré (RO) solicitaram providências ao Ministério Público Federal (MPF) devido às péssimas condições da BR-425. De acordo com o procurador da república Reginaldo Trindade, somente quando a documentação for encaminhada ao MPF, o órgão poderá elaborar uma recomendação para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realize as devidas manutenções na rodovia. Em março, o órgão afirmou que deveria iniciar as obras de recuperação da rodovia em abril.
Devido à isenção de impostos na área de livre comércio, dezenas de carretas carregadas de mercadorias se deslocam para Guajará-Mirim diariamente. Com isso, o tráfego de veículos pesados se torna intenso na BR-425, que liga o município à BR-364, e traz inúmeros buracos ao longo dos 125 quilômetros de estrada.
Os reparos na rodovia iniciaram em 2010 com a conclusão em 2012. Entretanto, as obras foram interditadas após investigações apurarem fraudes em licitações em que o Dnit estaria envolvido. Mesmo depois das averiguações, a rodovia continua apresentando os mesmos problemas.
"Está em um estado lamentável. Vamos ver, dizem que vai melhorar, o Dnit disse que já está licitado. Faz anos e anos que está desse jeito", reclama o engenheiro Humberto da Silva, que passa pelo trecho com frequência.
Por conta dos inúmeros buracos na pista, o presidente da Associação Comercial, Márcio Badra, comenta que os turistas acabam não indo mais para Guajará-Mirim. "A falta de turista não movimenta a economia do município. Isso é notório, é visível. Os nossos associados do setor hoteleiro têm reclamado inúmeras vezes dizendo que isso está estrangulando os negócios" afirma Badra.
Além da Associação Comercial, representantes do poder público de Guajará-Mirim e Nova Mamoré exigiram a intervenção do MPF no problema rodoviário. Dulcio Mendes, prefeito de Guajará-Mirim, conta que já recorreu em todos os setores; Dnit, Polícia Rodoviária Federal. "E foram só promessas. Primeiro era a tapação de buracos, que nos parece mais uma gambiarra, e nós estamos tomando as providências também até o MPF para que o Dnit possa ter a responsabilidade de executar essa obra", diz o prefeito.
O procurado Reginaldo Trindade explicou que somente com a emissão de um documento e após o encaminhamento do ofício ao MPF será possível analisar o pedido para formalizar uma recomendação para que o Dnit faça os reparos necessários na BR-425.
Os representantes do Dnit foram procurados para comentar sobre o problema, mas não foram localizados.
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