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Aparelho telefônico ajuda na comunicação de surdos mudos no Pantanal
Um telefone para surdos e deficientes auditivos está disponível pela primeira vez em Cuiabá em um local público de intensa movimentação de pessoas. Semana passada, o aparelho adaptado foi instalado dentro do Shopping Pantanal, na avenida do CPA. As ligações podem ser realizadas com cartões telefônicos ou a cobrar. Na Capital, a tecnologia existe há sete anos, mas os outros dois orelhões instalados ficam em locais mais restritos.
A escola estadual Barão de Melgaço, no bairro Dom Aquino, e o Centro de Reabilitação, na região centro-sul, também possuem os aparelhos. Em Várzea Grande, há um terminal desse tipo dentro do aeroporto Marechal Rondon. Existem certas restrições para a instalação do equipamento, impostas pela operadora local, Brasil Telecom, para evitar depredação e furtos. “Os aparelhos têm que ficar em locais seguros e tem que haver um responsável”, afirma o diretor regional da empresa, Wagner Oliveira Gomes.
Quem nunca viu o telefone fica curioso para saber como funciona. Ao lado do orelhão comum existe um pequeno teclado com uma tela onde mensagens escritas são exibidas e é por meio da leitura que os surdos conseguem se comunicar. O aparelho telefônico é retirado do gancho e encaixado em um espaço próximo às teclas.
Então o usuário deve discar o número 142 do orelhão e esperar para falar com uma das atendentes da Central de Intermediação da operadora, que hoje enfrenta problemas com trote. Apenas em maio foram 21 mil no Brasil, número alto se comparado com as 823 ligações realizadas realmente para surdos.
Ao receber o chamado, a atendente manda uma mensagem se identificando e perguntando para o cliente com quem ele quer falar e o número do telefone da pessoa. Então, ela realiza a ligação e faz a intermediação. Se o receptor for ouvinte, ele fala com a funcionária da operadora, que digita a mensagem que aparece em seguida no aparelho em que o portador de surdez está. Depois, ela fala para o ouvinte as mensagens escritas pelo usuário deficiente.
Para falar com outro portador de deficiência auditiva é necessário que os dois aparelhos sejam especiais, para que ambos possam receber as mensagens escritas. A ligação só pode ser cobrada a partir do momento em que o receptor atende ao telefonema. A portadora de surdez, Luciene Bená, de 37 anos, afirma que o equipamento é eficiente e que seu sonho é ter um em casa. Ela foi com a reportagem do Diário e com uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) até o local onde há um aparelho para fazer o teste.
Na primeira tentativa, não obteve sucesso na ligação. Tentou novamente e depois de 15 minutos conseguiu falar com um amigo. Apesar da demora, ela acha o sistema bom, mas reclama que são poucos os orelhões adaptados disponíveis na cidade. Quando precisa telefonar, ela conta que pede ajuda para os amigos ouvintes ou então tem que ir andando até o lugar onde está a pessoa com quem deseja falar. Luciene dispõe também de um celular, que usa apenas para enviar e receber mensagens.
O diretor da Brasil Telecom afirma que a quantidade de telefones públicos desse modelo é suficiente e que, caso seja necessária a instalação de outros, há a possibilidade disso ser feito. Em Mato Grosso, existem apenas oito aparelhos, espalhados por seis cidades. A diretora do Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceaada), Zoraide Barbosa, concorda que o número de orelhões é pequeno.
Contudo, ela aponta que ainda não há muita cobrança porque a maioria dos surdos não é alfabetizada, o que impossibilita a utilização do objeto. “Ainda não se descobriu a metodologia adequada para ensinar o surdo a ler e a escrever. O único avanço que tivemos foi o reconhecimento oficial da Libras, mas além de aprender essa linguagem, depois eles (surdos e deficientes auditivos) precisam ainda aprender o português. Hoje, os cegos estão muito mais avançados nesse sentido. Mas quando essa situação mudar, será necessário um orelhão desse em cada esquina”, avalia.
A escola estadual Barão de Melgaço, no bairro Dom Aquino, e o Centro de Reabilitação, na região centro-sul, também possuem os aparelhos. Em Várzea Grande, há um terminal desse tipo dentro do aeroporto Marechal Rondon. Existem certas restrições para a instalação do equipamento, impostas pela operadora local, Brasil Telecom, para evitar depredação e furtos. “Os aparelhos têm que ficar em locais seguros e tem que haver um responsável”, afirma o diretor regional da empresa, Wagner Oliveira Gomes.
Quem nunca viu o telefone fica curioso para saber como funciona. Ao lado do orelhão comum existe um pequeno teclado com uma tela onde mensagens escritas são exibidas e é por meio da leitura que os surdos conseguem se comunicar. O aparelho telefônico é retirado do gancho e encaixado em um espaço próximo às teclas.
Então o usuário deve discar o número 142 do orelhão e esperar para falar com uma das atendentes da Central de Intermediação da operadora, que hoje enfrenta problemas com trote. Apenas em maio foram 21 mil no Brasil, número alto se comparado com as 823 ligações realizadas realmente para surdos.
Ao receber o chamado, a atendente manda uma mensagem se identificando e perguntando para o cliente com quem ele quer falar e o número do telefone da pessoa. Então, ela realiza a ligação e faz a intermediação. Se o receptor for ouvinte, ele fala com a funcionária da operadora, que digita a mensagem que aparece em seguida no aparelho em que o portador de surdez está. Depois, ela fala para o ouvinte as mensagens escritas pelo usuário deficiente.
Para falar com outro portador de deficiência auditiva é necessário que os dois aparelhos sejam especiais, para que ambos possam receber as mensagens escritas. A ligação só pode ser cobrada a partir do momento em que o receptor atende ao telefonema. A portadora de surdez, Luciene Bená, de 37 anos, afirma que o equipamento é eficiente e que seu sonho é ter um em casa. Ela foi com a reportagem do Diário e com uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) até o local onde há um aparelho para fazer o teste.
Na primeira tentativa, não obteve sucesso na ligação. Tentou novamente e depois de 15 minutos conseguiu falar com um amigo. Apesar da demora, ela acha o sistema bom, mas reclama que são poucos os orelhões adaptados disponíveis na cidade. Quando precisa telefonar, ela conta que pede ajuda para os amigos ouvintes ou então tem que ir andando até o lugar onde está a pessoa com quem deseja falar. Luciene dispõe também de um celular, que usa apenas para enviar e receber mensagens.
O diretor da Brasil Telecom afirma que a quantidade de telefones públicos desse modelo é suficiente e que, caso seja necessária a instalação de outros, há a possibilidade disso ser feito. Em Mato Grosso, existem apenas oito aparelhos, espalhados por seis cidades. A diretora do Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceaada), Zoraide Barbosa, concorda que o número de orelhões é pequeno.
Contudo, ela aponta que ainda não há muita cobrança porque a maioria dos surdos não é alfabetizada, o que impossibilita a utilização do objeto. “Ainda não se descobriu a metodologia adequada para ensinar o surdo a ler e a escrever. O único avanço que tivemos foi o reconhecimento oficial da Libras, mas além de aprender essa linguagem, depois eles (surdos e deficientes auditivos) precisam ainda aprender o português. Hoje, os cegos estão muito mais avançados nesse sentido. Mas quando essa situação mudar, será necessário um orelhão desse em cada esquina”, avalia.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223768/visualizar/
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