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Renan expande patrimônio em Alagoas
SÃO PAULO - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), viu sua vida financeira devassada na semana passada. Deve ter sido devidamente informado pelos cartórios de Murici e Flecheiras, onde a família tem propriedades rurais, de que dezenas de certidões foram emitidas. Pudera, é de lá que o presidente do Senado afirma que vem o rendimento de R$ 1,9 milhão com atividades agropecuárias obtido em 2006. A renda comprovaria o dinheiro que dava de pensão à filha que teve numa relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.
Se vivesse só da política, Renan não poderia justificar a renda para pagar uma pensão alimentícia tão generosa, de R$ 12.500. O salário de um senador é de R$ 12.720. Mas para quem saiu do padrão de um Fusca em 1978 para o atual patrimônio, seu rendimento financeiro no mundo rural é um caso de sucesso. Em Murici está a única fazenda registrada em seu nome, a Novo Largo. Seu amigo e empresário Ildefonso Antonio Tito Uchoa Lopes afirma que o senador possui outras duas, Forquilha e Alagoas, e arrenda outras duas do irmão deputado Olavo Calheiros (PMDB), a Bananeira e Poço Dantas. Somadas, as cinco propriedades possuem 2.874 hectares.
“Ele é parlamentar, tem um salário que banca seus gastos e tudo o que as fazendas produzem pode ser reinvestido”, diz Tito Uchoa, que assume ter em seu nome uma das fazendas que seriam, na prática, do senador do PMDB. A fazenda é a Corte Novo, atual Alagoas, em Murici.
De Murici a Joaquim Gomes, passando por Flecheiras, o clã Calheiros vem comprando terras que antes pertenciam à Usina Bititinga. O Ministério Público Federal investiga a voracidade da família por propriedades na região de Murici, terra natal do senador. Segundo denúncia, para criar pasto para gado, os Calheiros vêm desmatando até áreas de mata atlântica que deveriam fazer parte de uma reserva florestal. Eles não divulgam o número de cabeças de boi que têm.
O filho do senador, Renan Calheiros Filho, de 27 anos, é prefeito de Murici. Desde que assumiu o cargo, o município de 22 mil habitantes já recebeu mais de R$ 3 milhões em emendas familiares, já que o pai é senador e os tios Olavo e Renildo são deputados federal e estadual. Do ponto de vista empresarial, ele também vai bem. É sócio, com Tito Uchoa, de uma rádio de concessão conquistada pelo pai e de uma gráfica em Maceió.
Na cidade de Murici, todos medem a força do clã Calheiros pelas terras e pela capacidade de fechar bons negócios. Em 2003, Olavo pegou R$ 5,9 milhões emprestados com bancos federais e estaduais e montou a Conny Indústria de Sucos e Refrigerantes. Três anos depois, a empresa que nunca chegou a ser conhecida por seus produtos foi vendida à Schincariol por R$ 26 milhões.
O presidente do Congresso tem reunido provas para mostrar que não precisa de ajuda da Construtora Mendes Júnior, cujo lobista Cláudio Gontijo entregava envelopes com dinheiro a Mônica Veloso.
Além das fazendas, Renan possui apartamento na Praia da Ponta Verde, avaliado em R$ 600 mil. Há três anos, comprou casa na badalada praia de Barra de São Miguel. Em terreno de 1.300 metros quadrados, ela tem quatro quartos, piscina e garagem para carros e barcos. Foi escriturada por R$ 300 mil, mas a avaliação de mercado é de que supere R$ 1 milhão.
Se vivesse só da política, Renan não poderia justificar a renda para pagar uma pensão alimentícia tão generosa, de R$ 12.500. O salário de um senador é de R$ 12.720. Mas para quem saiu do padrão de um Fusca em 1978 para o atual patrimônio, seu rendimento financeiro no mundo rural é um caso de sucesso. Em Murici está a única fazenda registrada em seu nome, a Novo Largo. Seu amigo e empresário Ildefonso Antonio Tito Uchoa Lopes afirma que o senador possui outras duas, Forquilha e Alagoas, e arrenda outras duas do irmão deputado Olavo Calheiros (PMDB), a Bananeira e Poço Dantas. Somadas, as cinco propriedades possuem 2.874 hectares.
“Ele é parlamentar, tem um salário que banca seus gastos e tudo o que as fazendas produzem pode ser reinvestido”, diz Tito Uchoa, que assume ter em seu nome uma das fazendas que seriam, na prática, do senador do PMDB. A fazenda é a Corte Novo, atual Alagoas, em Murici.
De Murici a Joaquim Gomes, passando por Flecheiras, o clã Calheiros vem comprando terras que antes pertenciam à Usina Bititinga. O Ministério Público Federal investiga a voracidade da família por propriedades na região de Murici, terra natal do senador. Segundo denúncia, para criar pasto para gado, os Calheiros vêm desmatando até áreas de mata atlântica que deveriam fazer parte de uma reserva florestal. Eles não divulgam o número de cabeças de boi que têm.
O filho do senador, Renan Calheiros Filho, de 27 anos, é prefeito de Murici. Desde que assumiu o cargo, o município de 22 mil habitantes já recebeu mais de R$ 3 milhões em emendas familiares, já que o pai é senador e os tios Olavo e Renildo são deputados federal e estadual. Do ponto de vista empresarial, ele também vai bem. É sócio, com Tito Uchoa, de uma rádio de concessão conquistada pelo pai e de uma gráfica em Maceió.
Na cidade de Murici, todos medem a força do clã Calheiros pelas terras e pela capacidade de fechar bons negócios. Em 2003, Olavo pegou R$ 5,9 milhões emprestados com bancos federais e estaduais e montou a Conny Indústria de Sucos e Refrigerantes. Três anos depois, a empresa que nunca chegou a ser conhecida por seus produtos foi vendida à Schincariol por R$ 26 milhões.
O presidente do Congresso tem reunido provas para mostrar que não precisa de ajuda da Construtora Mendes Júnior, cujo lobista Cláudio Gontijo entregava envelopes com dinheiro a Mônica Veloso.
Além das fazendas, Renan possui apartamento na Praia da Ponta Verde, avaliado em R$ 600 mil. Há três anos, comprou casa na badalada praia de Barra de São Miguel. Em terreno de 1.300 metros quadrados, ela tem quatro quartos, piscina e garagem para carros e barcos. Foi escriturada por R$ 300 mil, mas a avaliação de mercado é de que supere R$ 1 milhão.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/223852/visualizar/
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