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Nacional
Domingo - 03 de Junho de 2007 às 09:22
Por: CÍNTIA ACAYABA

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Com a chegada do frio antes do inverno, os zoológicos reforçaram os cuidados para aquecer os bichos, principalmente nas cidades mais frias do país.

As soluções para amenizar a queda da temperatura incluem cobertores para chimpanzés, pedras com resistência elétrica para répteis e estrados de madeira para leões. Dietas mais calóricas também ajudam a aumentar a gordura, proteção natural contra o frio.

Arquivo pessoal

SRD Ninha se aquece nas cobertas nesta época de frio; veja outras mascotes da semana

No zoológico de Curitiba (PR), onde nesta semana foi registrada temperatura mínima de -1,1C, o recinto dos répteis recebeu lâmpadas infravermelhas e uma pedra artificial aquecida por resistência elétrica, ligada dia e noite em 28C.

Na casa de alvenaria da chimpanzé Imperatriz, 39, um aquecedor elétrico foi acionado. O primata também ganha cobertores e capim seco para se esquentar. A dieta é reforçada por alimentos calóricos, como castanha-do-pará e coco.

"Nossa preocupação maior é com as aves, que são mais sensíveis", diz a bióloga Maria Lúcia Gomes, que trabalha no zoológico de Curitiba. As gaiolas são envoltas em cortinas de plástico para reduzir o vento. O zoológico de Curitiba, que tem cerca de 2.200 bichos, registrou no inverno passado casos de pneumonia e gripe em papagaios e cobras.

O zôo de Belo Horizonte (MG), com temperaturas mais altas (mínimas em torno de 10C), não tem proteção especial para aves nem registros de "doenças de inverno". Também não há reforço nas dietas, balanceadas para o ano todo.

Contudo, o recinto do gorila Idi, 35, conta com uma plataforma carpetada. Na casa dos répteis, aquecedores a óleo foram substituídos por pedras aquecidas semelhantes às utilizadas em Curitiba.

Outro aquecedor a óleo é ligado no borboletário. "Se está muito frio, a borboleta entra em estado de dormência e não se desenvolve", diz o biólogo Humberto Mello, do zôo de BH.

No zoológico de Sorocaba (100 km de São Paulo), as maiores intervenções por causa do frio são feitas nos recintos das aves e dos primatas.

Os viveiros das aves têm algumas de suas paredes fechadas, e macacos, gorilas e sagüis ganham um aquecedor dentro de suas "casinhas".

RS e SC

No zoológico de Sapucaia do Sul (a 31 km de Porto Alegre), répteis e mamíferos também recebem cuidados especiais. A exceção fica por conta do bugio do sul, animal nativo e acostumado com o frio.

Os primatas ficam em "quartos" fechados com estufas que mantêm a temperatura em 28 C -as mínimas podem chegar a 5 C na cidade. Nos recintos dos répteis, placas elétricas aquecem a areia.

"Como os répteis não ficam em contato com o sol, sem esse mecanismo eles podem ficar imóveis e deixar de se alimentar", diz o biólogo Marcelo Linck.

Mamíferos --como o camelo, a zebra e a girafa-- ganham camas mais espessas feitas de lascas de madeira ou palha de arroz. Animais carnívoros, como o leão, dormem sobre pedaços de madeira, para não entrarem em contato com o chão.

No zoológico de Pomerode (a 179 km de Florianópolis), os pisos dos recintos dos répteis, felinos e primatas são aquecidos por resistências elétricas. "Damos cobertores para os macacos, mas eles só brincam. No dia seguinte, os mantos aparecem rasgados ou enrolados nos pescoços. Pode até ser perigoso", alerta o veterinário do zoológico, Marcus Cândido.





Fonte: Agência da Folha

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