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Esportes
Domingo - 03 de Junho de 2007 às 08:25

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O meio-campista Kaká, do Milan, virou assunto principal na Seleção Brasileira, ao lado de Ronaldinho, após o pedido de dispensa da Copa América feito por meio de carta pessoal à direção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Após a divulgação do texto no site da entidade, o ex-são-paulino não escondeu a insatisfação com os dirigentes e comandantes da equipe brasileira.

O assunto foi discutido e questionado ao técnico Dunga até momentos antes do empate por 1 a 1 com a Inglaterra, na última sexta-feira, no renovado Estádio de Wembley. O treinador chegou a demonstrar momentos de irritação, já que a decisão tomada não cabia a ele, e sim aos jogadores, que preferiram não disputar a competição sul-americana.

Em entrevista exclusiva ao Terra Esportes, o meia do Milan negou que o afastamento da equipe verde a amarela possa lhe custar a vaga entre os 22 atletas preferidos do ex-volante Dunga.

"Acho que até minha convocação para os dois amistosos é uma prova disso. Então, não acho que vou perder meu espaço aqui. Eles (CBF) sabem e os critérios que eles têm usado até hoje são critérios justos", explicou o meia.

Apesar das turbulências, Kaká iniciou o jogo contra a Inglaterra como titular e foi sacado no segundo tempo, quando deu lugar para Afonso, novato na Seleção. Para a partida contra a Turquia, na próxima terça-feira, em Dortmund, na Alemanha, o jogador do Milan espera a vitória e, se possível, com espetáculo.

"Expectativa é sempre de vitória, todos os jogos que a Seleção faz é com expectativa de vitória e, se possível, com espetáculo. Então, o primeiro objetivo é vencer, depois ganhar bem", contou.

Postulante ao prêmio de melhor jogador do mundo na temporada 2006/2007, Kaká cravou o seu nome na história do futebol europeu neste ano. Além da conquista da Copa dos Campeões, terminou o torneio mais importante da Europa como artilheiro, com dez gols no total.

Sua importância na conquista é reafirmada com a presença de Inzaghi, segundo maior artilheiro da equipe italiana, com apenas quatro gols na tabela da competição.

"Para mim foi um privilégio. Na Bíblia fala que 'Deus tem muito mais do que pedimos ou pensamos'. Eu vivi muito esse versículo nesse campeonato em que fomos campeões, sempre gostaria de ser campeão da Champions", afirmou.

"E esse ano fomos campeões e eu tive a oportunidade de ser artilheiro, nunca pensei em ser artilheiro, até porque não é minha função, não sou atacante, sou um meia. Minha função é de criação, e não tanto de fazer gols, mas claro que não fiquei triste em ser artilheiro", completou o brasileiro, com um sorriso.

Após a decepção da temporada 2004/2005, quando o Milan chegou a estar vencendo por 3 a 0 o mesmo Liverpool deste ano, e acabou deixando o título escapar nos pênaltis, Kaká não encarou a vitória como uma vingança.

"Eu não vejo muito como vingança, porque 2005 já ficou marcado e o campeão de 2005 é o Liverpool em cima do Milan. Vi como uma oportunidade de ganhar do Liverpool, não como vingança, mas de chegar e marcar meu nome na história junto com meu time, todo mundo vai saber que em 2007 o Milan foi campeão", explicou.

Já para o Campeonato Italiano da próxima temporada, a equipe de Kaká entrará em campo em condições de igualdade, já que neste ano começou com oito pontos a menos devido ao escândalo da manipulação de resultados do torneio.

E, para completar, celebra a volta da Juventus à Série A da Itália, já que a equipe alvinegra também foi punida devido aos problemas extra-campo, mas não perdeu apenas pontos. Acabou rebaixada nos tribunais e voltou à elite, agora, no campo.

"Esse ano, infelizmente, o objetivo do campeonato para nós mudou. Não era ser campeão, mas sim classificar para a Copa dos Campeões. E conquistamos esse objetivo também, chegamos em quarto lugar, teríamos a vaga. Sendo campeão já a temos diretamente", destacou.

"E neste ano que vai começar a gente vai poder brigar pelo título de igual para igual. A Juventus também volta à Serie A, que é algo muito legal para o campeonato", disse.

"Então esse ano ainda temos a Supercopa, que vamos jogar contra o Sevilla, tem o Mundial de Clubes, um ano cheio de coisas para a gente batalhar", concluiu.





Fonte: Terra

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