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Internacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 19:47

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O governo e principal partido de oposição da Guiana manifestaram neste sábado surpresa de que o ex-membro do Parlamento local Abdul Kadir tenha sido implicado no suposto complô de terroristas islâmicos anunciado por autoridades americanas.

O Departamento de Justiça dos EUA indiciou neste sábado quatro pessoas acusadas de elaborar um suposto plano que visava atingir o Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK), de Nova York. O chefe da suposta facção terrorista foi identificado como Russell Defreitas, um norte-americano originário da Guiana, ex-empregado do aeroporto, descrito por várias fontes como um extremista muçulmano. Ele seria ainda um ex-membro do Parlamento da Guiana.

O governo da Guiana descreveu como "impactante" que Kadir e Defreitas estivessem envolvidos na conspiração terrorista. Sem admitir abertamente que ambos os governos trabalham juntos no caso, o funcionário da Embaixada dos EUA na Guiana, Michael Thomas, disse que as "autoridades guianesas colaboraram em todas as etapas iniciais da investigação".

O secretário-geral do oposicionista Partido Popular Nacional da Reforma do Congresso, Oscar Clarke, afirmou que foi surpreendido pela notícia. Abdul Kadir foi legislador por essa legenda até as eleições de agosto passado.

"Somente posso dizer que estou surpreso ante essa informação. Não tenho conhecimento de nenhuma conexão que ele possa ter ou algo assim", afirmou ele à agência France Presse.

Além de parlamentar pelo Partido Popular, Kadir foi prefeito da pequena cidade de Linden, voltada para a produção de bauxita e localizada a 112 km da capital Georgetown.

Segundo as autoridades americanas, o grupo xiita de Kadir foi vinculado a um grupo muçulmano de Trinidad e Tobago Jamaat al Muslimeen, que em 1990 tentou derrubar o governo desse país. O líder do Jamaat, Abu Bark'r, viajou há vários anos para Guiana, onde teria se encontrado com Kadir.

O filho de Kadir, Kareem Kadir, afirmou que os EUA precisam apresentar provas de que seu pais estivesse envolvido com o terrorismo. Peço somente uma coisa: me dêem evidências concretas de que meu pai foi alguma vez parte de algum complô".




Fonte: Folha Online

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