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Internacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 18:47

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Um júri federal condenou a locadora de carros "Alamo Rent a Car" a pagar US$ 287,64 mil (cerca de R$ 546,5 mil) a uma mulher muçulmana, que foi demitida por se recusar a tirar seu véu durante o mês sagrado do Ramadã.

A demissão de Bilan Nur, que à época tinha 22, aconteceu apenas quatro meses depois dos ataques de setembro de 2001. A comissão federal para oportunidades iguais de emprego culpou a empresa, alegando que a mulher, natural da Somália, foi despedida por suas crenças religiosas, numa violação do Ato dos Direitos Civis de 1964.

Bilan Nur, que fugia da guerra civil na Somália e veio para os EUA em 1998, foi contratada pela "Alamo" como funcionária do escritório de Phoenix, em novembro de 1999. Seu desempenho no trabalho foi descrito como "ótimo" até que os eventos que levaram a sua demissão, descreveu a juíza Roslyn O. Silver, em sua sentença.

Em 2001, Nur pediu permissão a seus chefes para vestir o véu durante o mês do Ramadã, que começa no dia 16 de novembro. Segundo ela, seus chefes afirmaram que ela poderia usar o véu desde que trabalhasse no interior do escritório, mas que deveria removê-lo para encontrar os clientes.

A companhia argumentou, em sua defesa, que as crenças de Nur não entraram em conflito com os requisitos do trabalho e que no ano anterior, eles haviam solicitado que ela não usasse o véu, com sua concordância. Também lembraram que a ex-funcionária não levantou a questão vários dias antes do início do Ramadã, sugerindo que suas crenças religiosas não eram tão fortes.

A juíza rejeitou os argumentos e apontou que, por palavras e ações, Nur havia demonstrado a importância pessoal de vestir o véu, o que é consistente com uma crença religiosa sincera. O porta-voz da "Alamo", Charles Pulley, afirmou que a empresa não ia comentar o veredito.




Fonte: Folha Online

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