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Internacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 16:39

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A produção de drogas no Afeganistão quadruplicou desde a invasão do país pelos Estados Unidos, em 2001, informou hoje o presidente do Tadjiquistão, Emomali Rakhmonov.

"Expressei minha opinião mais de uma vez aos representantes dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas eles me responderam que a erradicação da droga não está incluída nas tarefas da operação antiterrorista", disse Rakhmonov em entrevista coletiva.

O presidente tadjique, que fez as afirmações durante uma conferência internacional na capital, Dushanbe, destacou que "o negócio do narcotráfico é um dos principais patrocinadores do terrorismo internacional".

"Ocupamos o terceiro lugar no mundo em apreensão de drogas, mas nem o Tadjiquistão, nem nenhum outro país, incluindo o Afeganistão, pode enfrentar sozinho o combate à droga", disse.

As autoridades do Tadjiquistão, cuja fronteira com o Afeganistão se estende por 1.344 quilômetros, confiscaram 4,8 toneladas de narcóticos em 2006, 3,8% a mais do que no ano anterior.

Segundo as estimativas da ONU, a colheita do ópio no Afeganistão superará este ano 8 mil toneladas, com as quais poderão se fabricar 800 toneladas de heroína, 25% a mais que em 2006.

As repúblicas centro-asiáticas e a Rússia se transformaram no principal corredor usado pelos traficantes para exportar a droga à Europa.

O Serviço Federal de Luta contra o Tráfico de Drogas da Rússia informou recentemente que não compartilhava do otimismo da ONU sobre as previsões de redução dos terrenos para o cultivo da papoula - flor da qual se extrai o ópio - em território afegão para este ano.

O diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Antonio Maria Costa, havia antecipado que até junho um terço do território afegão estará livre de papoula.

A Rússia destacou recentemente que o Afeganistão está se transformando em um "narco-Estado", já que "cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país provêm da indústria do narcotráfico".





Fonte: EFE

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