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Nacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 10:02

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Senadores não consideram um problema ético nem um conflito de interesses a proximidade entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior. Eles minimizam o assunto dizendo que o senador teria conhecido Gontijo antes dele trabalhar na empresa.

"Tem pessoas que eu conheço desde a minha adolescência e que recentemente se tornaram diretores de empresas. O fato de ser meu amigo não quer dizer que eu tenha um relacionamento inadequado. Não cabe prejulgamento", afirmou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse que não considera a proximidade de Renan com o lobista da Mendes Júnior incompatível com o cargo: "É normal porque o presidente disse que eles são amigos desde antes dele trabalhar na Mendes Júnior. Teria problema se ele se aproveitasse da amizade para pedir favores".

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) é uma das poucas vozes destoantes: "É uma ligação completamente desnecessária, ainda mais para o presidente da Casa, mas não é suficiente para condená-lo".

Renan afirmou que Gontijo é seu amigo "há mais de 20 anos" e por isso pediu que ele entregasse à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, uma ajuda de aproximadamente R$ 12 mil.

À Folha, Mônica disse que não é uma "ameaça para ninguém", mas que tem muito a contar porque teve uma relação de três anos com Renan. "Eu não quero entrar no mérito, na particularidade de nada disso. Eu só temo que a expectativa do país possa ser a seguinte: "Você já sabe o que vai sair na "Contigo" do próximo domingo?" O que vai sair na "Contigo" pode dar uma grande CPI", ironizou Renan, classificando o caso de fofoca.

Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) a amizade por si só não é comprometedora. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) tem a mesma opinião: "Não dá para fazer um juízo de valor. Um senador tem que ter um relacionamento amplo com as pessoas. A Mendes Júnior é uma empresa respeitável".

Segundo o senador Renato Casagrande (PSB-ES), tudo depende de como foi construída a amizade: "Se foi antes e independente da atividade de lobista não tem nenhum problema", declarou. Para o líder do DEM, senador José Agripino (RN) também há uma distinção.





Fonte: Folha de S.Paulo

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