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Internacional
Sábado - 02 de Junho de 2007 às 08:31

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Quatro das 16 pessoas mortas seriam soldados. Com as vítimas dos últimos confrontos, o número de mortos no conflito entre o Exército libanês e o Fatah al-Islam, que já dura 13 dias, chega a mais de cem.

O Exército libanês afirma que os combates foram reiniciados depois que uma das suas posições foi atacada pelos militantes, que estão entricheirados há 13 dias no campo de refugiados.

O Exército alega que está respondendo aos disparos com precisão, bombardeando as posições dos militantes e está fazendo de tudo para evitar atingir os civis.

A ONU afirma que 25 mil pessoas fugiram do campo, mas parte dos 31 mil habitantes continua presa no local.

Civis

Agências de ajuda afirmam que temem pela segurança dos civis que ainda estão em Nahr al-Bared. Um porta-voz da Cruz Vermelha, Igor Ramazzotti, disse que a situação humanitária é muito grave e está piorando para os civis que permanecem dentro do campo.

Os choques estariam concentrados nas entradas norte e sul do campo.

O correspondente da BBC em Beirute Kim Ghattas afirma que ainda não se sabe se esta é uma operação militar limitada para remover os atiradores das partes mais altas do local ou se o Exército está invadindo o campo de refugiados.

Um morador do campo disse à agência de notícias Associated Press que o Exército tinha passado por cima e destruído algumas posições do Fatah al-Islam.

'Sinal verde'

O ministro dos Negócios Parlamentares do Líbano, Michel Faraoun, disse à BBC que os militares receberam "sinal verde" para lidar com os militantes.

Ele também disse que os principais grupos palestinos estão apoiando a ação do governo contra os militantes do Fatah al-Islam.

"Hoje (sexta-feira) as facções palestinas - facções tradicionais - também deram claramente o sinal verde para o Exército libanês, em vista da recusa desta gangue - que também está tomando como reféns civis palestinos - em se render ou mesmo em respeitar qualquer cessar-fogo", disse.

Membros do gabinete de governo do Líbano, que são contra a Síria, descreveram o Fatah al-Islam como um instrumento do serviço secreto sírio. Damasco nega qualquer ligação com o grupo.

O confronto entre o Exército libanês e o Fatah al-Islam começou quando forças de segurança invadiram um prédio em Trípoli em busca de suspeitos de um assalto a banco.

Os militantes atacaram, então, postos do Exército no campo de refugiados. Os militares responderam com artilharia pesada, e o episódio deu início aos piores combates internos do país desde o final da guerra civil, há 17 anos.

Existem 12 campos de refugiados no Líbano que foram estabelecidos depois da criação de Israel em 1948. Militantes palestinos dentro do campo carregam armas e o Exército libanês, tradicionalmente, não entra nestes locais.





Fonte: BBC Brasil

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